Cultura

Estudantes são premiados em concurso de redação da Embasa

Você conhece o Museu da Embasa? Dá uma passada por lá.
Ascom Embasa ,  Salvador | 29/07/2013 às 10:31
Estudantes em frente ao Museu da Embasa
Foto: Luis Hermano
Edson Dias Júnior, Joattan Costa, Juliane Silva e Juliane Vitória Santos foram os vencedores do concurso de melhor redação do Programa Visite o Museu, edição 2012. A entrega dos prêmios foi realizada na última sexta-feira (26), na sede do Museu Arqueológico da Embasa (MAE), localizado no bairro da Caixa D’Água. Os estudantes receberam os prêmios das mãos do presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, e do diretor de Gestão Corporativa da empresa, Belarmino de Castro Dourado. Cada aluno ganhou um kit contendo caderno, caneta, caneca térmica, mouse-pad, DVD e CD educativos, dentre outros materiais escolares.
 
Os estudantes visitaram as instalações e o acervo do MAE, em meados do ano passado, e foram estimulados por seus professores a relatar a experiência numa redação. Juliane Silva – que cursa o 1º ano do Ensino Médio no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães juntamente com outros dois ganhadores, Joattan e Juliane Vitória – conta que a experiência de conhecer o museu foi enriquecedora. “A visita agrega e reforça conteúdos que já aprendemos em casa e na sala de aula. Conhecer os detalhes da produção da água tratada, por exemplo, é importante para valorizarmos ainda mais este recurso”, diz.
 
Edson Dias Júnior, aluno do curso técnico em Meio Ambiente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), reitera a importância da visita, não apenas pelo aspecto histórico de seu acervo, mas pela riqueza do conteúdo apresentado pelos guias, que focam também na necessidade de preservação dos recursos hídricos para manutenção da vida no planeta. “Penso em cursar faculdade de Engenharia Ambiental e esta experiência me serve de estímulo”, relata.
 
Já o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, destacou a importância da ação para o despertar de consciência sobre a necessidade de preservação da água, especialmente entre o público jovem. “Este tipo de trabalho é extremamente importante porque os jovens têm papel fundamental na criação de uma cultura de preservação e valorização da água. Por isso, é uma grande alegria observar esse interesse crescendo entre eles”.
 
O Programa Visite o Museu foi criado em 2009 como forma de inclusão sócio-educativa voltada a alunos da rede pública de ensino. O programa inclui disponibilidade de ônibus para transporte dos estudantes e distribuição de lanches. Após as visitas, gestores ou professores firmam um compromisso com o MAE de entregar, em data pré-estabelecida, uma redação sobre a visita. O museu está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, na Rua Saldanha Marinho, s/n, Caixa D`Água (em frente ao Hospital Ana Neri). Visitas devem ser agendadas pelo telefone 3241-8135.
 
Novo espaço de visitação
 
O MAE conta, desde o mês de junho, com um novo espaço construído em sua área externa. Os visitantes já podem caminhar por uma passarela de madeira, com adequações de acessibilidade, enquanto vislumbram painéis que contam a história do abastecimento de água da Bahia, do período colonial até os dias atuais. No percurso, encontram-se antigos registros e adutoras de água e as estruturas de concreto que apoiavam reservatórios metálicos operados pela antiga Companhia do Queimado.
 
Além do paisagismo e da construção de uma área de lazer, a obra contemplou a instalação de cercas e gradis para proteger os equipamentos antigos localizados na área que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (Iphan). “Este trabalho demonstra a preocupação da Embasa com a preservação de equipamentos de grande valor para a história da Bahia e do Brasil. Não podemos esquecer que a história do abastecimento de água do país começou aqui”, afirma o coordenador do MAE, José Paranaguá.
 
Durante a realização das obras, o local foi inspecionado por Paranaguá e pelo arqueólogo da Embasa, Jarryer Pinheiro. A fiscalização ficou por conta da arqueóloga do Iphan, Ruby Schmidt. O trabalho possibilitou o resgate de peças antigas, como uma tampa de registro de água datada de 1948, do Serviço de Água e Esgoto (SAE), além de moedas e ferramentas utilizadas por funcionários das primeiras empresas de água, a exemplo de um alicate de pressão.