Cultura

CORRUPIO lança Terror e Aventura, Tráfico de Africanos na Bahia

Textos de Goli Guerreiro e Elizabeth Rodrigues. O lançamento acontece no dia 21 de novembro (quarta-feira), entre 18 e 21 horas, na inauguração da livraria LDM do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha.
Corrupio , Salvador | 07/11/2012 às 20:52
Livraria LDM dia 21 de novembro, a partir das 18h
Foto: Ilustração

A Editora Corrupio apresenta o livro Terror e aventura - Tráfico de africanos e cotidiano na Bahia, com textos de Goli Guerreiro e Elizabeth Rodrigues. O lançamento acontece no dia 21 de novembro (quarta-feira), entre 18 e 21 horas, na inauguração da livraria LDM do Espaço Itaú de Cinema Glauber RochaO livro conta a história do tráfico de africanos no Oceano Atlântico e trata da vida cotidiana do negro na Bahia, a partir do século 16. Com 124 páginas, a publicação reflete uma vasta pesquisa e reúne 80 imagens, incluindo belas ilustrações do artista Athos Sampaio, gravuras, pinturas documentais e fotografias, que mostram o negro como protagonista da aventura colonial no Brasil, tendo o Recôncavo baiano e a Cidade do Salvador como cenário.
 
Escravidão na históriaO tráfico atlânticoNo engenho dos senhoresNa cidade dos escravos,Pirataria e luta e O dia seguinte são os capítulos do livro. Novidade editorial neste projeto da Corrupio é a varanda, espaço onde o leitor pode conferir o pensamento de autores de diferentes épocas, de Castro Alves em Navio negreiro, passando por um conto em yorubá traduzido para o português por Mestre Didi e chegando à musicalidade contundente da banda Simples Rap’ortagem. Membro do grupo e autor do rapQuadro negro, publicado em uma das cinco varandas do livro, o rapper Jorge Hilton participa da noite de autógrafos, fazendo um pocket show com banda.  
 
África nas escolas

Terror e Aventura - Tráfico de africanos e cotidiano na Bahia é parte de um amplo projeto da Editora Corrupio, destinado à educação de crianças e jovens, e vem suprir a necessidade urgente de uma bibliografia adequada para atender escolas e professores no cumprimento da Lei 10.639 – que determina o ensino da História e Cultura da África, nas escolas do país. A editora Arlete Soares analisa o momento e diz considerar importante participar da reescrita da história das culturas africanas e afro-brasileiras em pauta no novo processo educacional do Brasil, “sobretudo porque nos dedicamos a isso há mais de 30 anos, desde quando o mundo negro era praticamente invisível e até mesmo evitado no universo editorial brasileiro”.
 
O volume em lançamento foi concebido para atingir estudantes de 11 a 17 anos, mas o objetivo é despertar o interesse de um público muito mais amplo, pela originalidade do conceito e pela linguagem adotada pelas autoras, que analisam a história da escravidão desde a Antiguidade e as repercussões da escravidão no Brasil nos dias atuais. “Este livro voltado para jovens baianos certamente interessará a plateias bem mais amplas. Falando da Bahia estamos abarcando uma história que envolve africanos, europeus e americanos”, conclui Arlete.
 
O processo de elaboração do volume foi desenvolvido durante o período de um ano pela Editora Corrupio e escrito pelas antropólogas Goli Guerreiro (autora de A trama dos tambores – a música afro-pop de Salvador, Terceira diáspora, culturas negras no mundo atlântico e Terceira diáspora, o porto da Bahia, Editora Corrupio) Elizabeth Rodrigues (coautora de Ogum, o rei de muitas faces e outras histórias dos orixás, Cia das Letras). Estudantes de colégios públicos de Salvador participaram de seções de teste e a obra contou com a consultoria de profissionais como pedagogos e historiadores. “A escravidão é um tema delicado e tivemos cuidado especial para falar com jovens”, explica Goli Guerreiro.    
 
      O tema complexo ganha abordagem instigante na introdução, com a apresentação de dois argumentos. Um deles é a ideia de que a escravidão existiu em várias civilizações, “mas com características muito diferentes”, como especificam Goli e Elizabeth. O outro pensamento provocador anunciado na introdução diz respeito à crença de que a escravidão racial tem origens ocidentais. “Este tipo de escravidão que atingiu povos negros surgiu no século 9, no mundo árabe. A noção de escravidão racial não é uma invenção do Ocidente”, afirma Goli Guerreiro.
 
 
Sobre as autoras
 
Goli Guerreiro é pós-doutora em antropologia pela UFBA, onde realizou pesquisa sobre culturas negras no mundo atlântico e desenvolveu a ideia de terceira diáspora. Ela também edita o blog www.terceiradiaspora.blogspot.com. Baiana de Salvador, é viajante e fotógrafa amadora, registra cenas do cotidiano em cidades atlânticas sobre as quais escreve e realiza mostras audiovisuais. Dedica-se à antropologia urbana desde 1987. Mestre e doutora pela USP, pesquisou a juventude identificada com o rock produzido no Brasil; publicou o livro Retratos de uma tribo urbana - rock brasileiro. O doutorado foi base para o seu segundo livro A trama dos tambores – a música afro-pop de Salvador. Atualmente é consultora editorial e curadora da Coleção Cidades da Bahia da Editora Corrupio. 
 
Elizabeth Rodrigues é mestre em antropologia pela UFBA, coautora do livro Ogum, rei de muitas faces e outras histórias dos orixás, da Cia das Letras (2000) e coautora do livro Tutu no Murundu da Companhia das Letrinhas, a ser lançado em fevereiro de 2013. Autora de diversos contos publicados no Caderno Infantil da Folha de S. Paulo e do jornal A Tarde e da editora Publifolha. Foi co-roteirista no documentário Marujada, do programa Bahia Singular e Plural da TVE, Bahia, Irdeb em 2001.

 
       
SERVIÇO:
Terror e aventura - Tráfico de africanos e cotidiano na Bahia
 
Lançamento
Dia – 21 de novembro (quarta-feira)
Local – LDM do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha
Atração - Simples Rap'ortagem (Pocket show com as músicas Quadro negroDenegridaDeus Zé maisEu queroDeixa leve)
 
 
FICHA
Autor: Goli Guerreiro e Elizabeth Rodrigues
Ilustrações: Athos Sampaio
Gênero: Ensaio
Editora: Corrupio
Formato: 21 x 27 cm
Páginas: 124 páginas
Preço: Dia do lançamento preço especial - R$40
Vendas: Editora Corrupio