"A segurança pública em Salvador está cada vez pior", afirmou o cobrador de ônibus da empresa Ondina, Jackson Silva, que fazia a linha Estação Mussurunga/Ribeira quando foi assaltado por um indivíduo que entrou no coletivo na Avenida Régis Pacheco, no Uruguai, anunciou o assalto para o cobrador, recolheu R$ 74 e logo desceu ainda pela porta traseira.

A ação foi muito rápida e nenhum passageiro foi roubado ou mesmo percebeu que o cobrador teve uma arma apontada para ele. "Já fui assaltado diversas vezes, mas esse ano é a segunda vez", protestou o cobrador Jackson Silva.

Logo depois do assalto, o motorista, o cobrador e mais três passageiros que serviriam como testemunha, foram prestar queixa no Grupo Especial de Repressão a Roubos a Coletivos (Gerrc), localizado na Baixa do Fiscal, onde, além de descreverem a ação do bandido, descreveram o indivíduo na tentativa que os policiais ainda localizassem o assaltante.

Cerca de 40 minutos após o ingresso do motorista, do cobrador e dos três passageiros no Gercc, os policiais capturaram um indivíduo parecido fisicamente com o ladrão descrito pelo cobrador e coagiram Jackon a afirmar que o inocente foi quem roubou os R$ 74 do ônibus.

"Não foi ele não? Mas pode que foi ele. Ele tem R$ 70. Já deve ter gasto os outros 4 com alguma bvesteira por aí", teria afirmado o policial, segundo o cobrador.

"Não vou afirmar isso porque tenho certeza que não foi ele", rebateu o cobrador.
Que não tinha sido ele todos sabiam. O cobrador, o motorista, os passageiros e até os policiais. Mas, o cidadão que estava com R$ 70 reais na mão e vestido com roupas parecidas, segundo os próprios policiais, iria pagar o pato. "Ele vai mofar aqui", afirmou um policial para o cobrador do coletivo roubado. (Marivaldo Filho, repórter)