Durante dois dias, nesta segunda e terça, dias 24 e 25, Salvador será sede do IV Encontro Nacional de Arbitragem, que reunirá representantes das Câmaras de  vários estados, para debater e renovar conhecimentos, com o objetivo de aproximar fronteiras e disseminar as melhores práticas da Mediação e Arbitragem por todo o território nacional.

O evento terá sua abertura neste domingo, dia 23, às 19 horas, no Museu da Misericórdia, e o início dos trabalhos na segunda-feira, dia 24, às 9 horas, no Bahia Othon Palace. Já estão confirmadas as presenças das ministras do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon e Fátima Nancy Andrighi, do ministro Sidney Beneti, além da presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Desembargadora Telma Britto e da presidente do Conima-Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem, Ana Lucia Pereira.   

Para o presidente da anfitriã Associação Comercial da Bahia, Marcos de Meirelles Fonseca, o encontro reveste-se da maior importância, "pois consideramos imprescindível que se desenvolva uma cultura da arbitragem em nosso país, para que a lei seja não apenas adequadamente apreendida pela sociedade, mas também corretamente aplicada".

O presidente da ACB considera que o Brasil fatalmente vai incrementar ainda mais a prática da Arbitragem como Método Extrajudicial de Solução de Conflitos, "para não travar o seu desenvolvimento". O Brasil já é o quarto país em demanda de serviços da mais importante Câmara de Arbitragem do mundo, que é a CCI de Paris.

Para o diretor-superintendente da Câmara de Arbitragem da ACB, Alberto Vaz, "uma empresa ou uma pessoa física, não pode mais esperar 20 anos, para que um processo seja julgado. Além de ser mais rápida, a Arbitragem contribui também qualitativamente, já que o Procedimento Arbitral inclui mais variáveis que o processo judicial tradicional".

Alberto Vaz informa ainda que em 2010 a Câmara baiana foi considerada a segunda no ranking nacional, em quantidade e qualidade de processos administrados. Criada em 1994, a Câmara da ACB logo atraiu interessados em obter soluções rápidas e extrajudiciais. Os empresários da Bahia passaram a recorrer à entidade, em busca de orientação. A qualidade dos serviços prestados, agilidade no processo e eficácia de resultados, além da cobrança de valores em níveis aceitáveis, numa relação custo-benefício, deram logo notoriedade à Câmara.

Os procedimentos ocorrem geralmente no prédio da Associação Comercial, na praça Conde dos Arcos, Comércio. Uma equipe de árbitros de alta qualificação e reputação judicial, atende aos casos locais, nacionais e internacionais.