GEDDEL DIZ: BAHIA PERDE CAPACIDADE DE INVESTIR E VAI FICANDO PARA TRÁS

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| 21/09/2009 às 16:09
O ministro Geddel e o prefeito João durante almoço com auditores fiscais do Estado
Foto: BJÁ
  Em encontro realizado pelo Instituto dos Auditores Fiscais do Estado no Barbacoa, almoço nesta segunda-feira, 21, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse que, em sua pré-candidatura a governador da Bahia, tem se apresentando como homem público, "para uma jornada de debates que não alimenta saudades do passado, e muito menos estimula expectativas do presente. E sim como propostas de futuro para o estado".

  O ministro comentou que não gostaria de polemizar nem politizar a trajetória dos auditores fiscais do Estado, os quais, se encontram numa queda-de-braço com o governo atual em suas reivindicações e se posicionam contra o projeto aprovado pela ALBA que garante aos Agentes de Tributos à constituição do crédito tribuária, mas, disse que se sentia assustado ao verificar que a SEFAZ foi "aparelhada" e perdeu a condição de referência nacional no segmento.

  Geddel não ficou particularmente surpreso com os números da economia pública baiana apresentados pelo presidente do IAF, Helcônio Almeida, segundo o qual, a Bahia tem tido nos últimos dois anos e 9 meses os piores índices de resultados de arrecadação de ICMS, em 2007, 2008 e 2009, com perda acumulada observando-se anos anteriores, da ordem de R$2 bilhões.

  "O que posso oferecer a vocês - disse Geddel - é que estamos abertos para ouví-los e construir uma saída com diálogo para a situação de divisão em que vivem os auditores fiscais e outros segmentos da SEFAZ". Para o ministro, se pouco ele pode fazer agora para minorar essa questão, "debates como este me estimulam para o futuro", sem a necessidade de oferecer o seu nome a vitórias previsíveis, Senado, Câmara dos Depugtados, e sim valer o que acreditou em 2006.

  "Não podemos imaginar nosso estado perdendo a capacidade de promover investimentos com recursos próprios" e ficando para trás. Segundo Geddel, tratar de contra-partidas com o governo federal é importante, mas, é fundamental que se faça o dever de casa e se tenha essa capacidade de investir, de comandar o seu próprio destino, sem estar na condição de muleta.

  Lembrou, ainda, que ao assumir o Ministério da Integração Nacional disse que o faria para trabalhar visando todo o Brasil, mas, sobretudo, "como guardião dos interesses do meu estado, tendo a Bahia como meu farol" e situou que, ainda este ano, coloca para funcionar as estruturas de irrigação do projeto Salitre, cujo projeto estava paralisado, e do Baixio de Irecê.

  ENCONTRO COM AUDITORES

  Promovido pelo IAF no Barbacoa o almoço dos auditores da SEFAZ com o ministro Geddel Vieira Lima reuniu 200 profissionais do segmento, o prefeito João Henrique, o deputado federal Colbert Martins, os deputados estaduais Luciano Simões, Arthur Maia, Joelcio Martins e Leur Lomanto Jr, o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Alan Sanches, os vereadores Pedrinho Pepê, Everaldo Bispo e Sandoval Guimarães, prefeitos e ex-prefeitos.

  Para o presidente do IAF, Helcônio Almeida, a luta da catagoria contra o "aparelhamento e o trem da alegria" impostos pelo atual governo na SEFAZ requer   
persistência e o apoio dos auditores, pois, independente de qualquer coisa, os servidores públicos são servidores do Estado e não desse ou daquele político. "Daí que vivenciamos momentos e apreensão na SEFAZ diante dessa situação", frisou.

  Segundo Helcônio a SEFAZ nunca esteve em situação tão difícil como agora, em 30 anos, com gente despreparada e que vem atuando de forma absurda desde a época da transição.