Turismo

AS ÁGUAS DO TEJO QUE LEVARAM THOMÉ DE SOUZA PARA FUNDAR SALVADOR (TF)

As águas do Tejo, em Lisboa, são mansas e confortam a alma
Tasso Franco , Salvador | 17/01/2024 às 10:24
Rio Tejo em Lisboa mais parece um mar
Foto: Arho Susej
   Creio que é desnecessário dizer que ao visitar Lisboa, Portugal, deve-se contemplar o rio Tejo porque são tantos os locais do bairro Alto que se observa o rio, dos miradouros, dos topos das igrejas e castelos, que o visitante se depara em olhar o grande rio que nasce na Espanha, com o nome de Tajo, atravessa parte do território e de algumas cidades espanholas e ingressa no território portuguese chegando a Lisboa, majestoso, mais parecendo um mar.

   Diga-se, por memória histórica, que as naus que acharam o Brasil em 1500 sairam do Cais Restejo à beira do Tejo e também aqueles que foram comandadas por Thomé de Souza para fundar a cidade do Salvador, em 1549, antes de chegar ao mar e atravessar o Atlântico em tempo das velas correspondente a dois meses, hoje, em voo de jato apenas 8 horas entre Salvador e Lisboa.

   O local à beira rio ideal para tocar as águas do Tejo com as mãos e os pés é no pequeno cais da Praça do Comério localizado nas proximidades da estação de passageiros dos Cruzeiros que aportam no Cais do Sodré, onde também é possível sentar-se nas muretas ao lado da prainha (vide foto) que fica neste local, no verão, permitido até um banho de rio. No momento, inverno, é desaconselhável mesmo para os nativos ainda mais que a cidade experimenta tempo chuvoso.

   Por posto, a madame Bião de Jesus, minha querida esposa, sempre que chega a Lisboa e nós hospedamos ademais na Baixa Pombalina e desta feita no Baixo Chado diz-me de imediato que deseja ir, em primeiro, à beira do Tejo. Segundo ela, por inspiração e conforto a alma. "O rio e este local me traz paz e sinto-me reconfortada", confessa.

   E lá vamos nós e ficamos um bom tempo a contemplar o majestoso rio, as embarcações que singram seu curso, os turistas de todas as nacionalidades a tirarem fotos e fazem video, os músicos que se apresentam neste local e os camelôes que oferecem de óculos a bolsas falsificadas de grifes.

   Os rios nas cidades europeias são mais valiosos do que o mar e assim também acontece em Paris, com o Sena; em Londres, com o Tâmisa; e em Roma, com o Tigre. (TF)