Política

DEPUTADA OLIVIA DIZ QUE SOFREU ABORDAGEM INADEQUADA DA PM EM PEDRINHAS

Com informações dos portais A Tarde e Correio
Tasso Franco ,  Salvador | 01/05/2024 às 19:47
Segundo a deputada foi uma abordagem "inadequada" com armas e palavrões
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  Após denunciar a abordagem policial no Vale das Pedrinhas, a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) considerou a ação ‘truculenta’ dos agentes de segurança pública como “inadequada”. Em conversa com o Portal A TARDE nesta quarta-feira, 1, a comunista afirmou que apresentará um ofício à corporação para cobrar providências sobre o caso e agilidade na instalação das câmeras corporais nos fardamentos policiais.

“[...]. O centro da questão que eu trago é essa abordagem errada, é inadequada. O policial não pode abordar as pessoas dessa maneira, com uma linguagem carregada de palavrões, com os fuzis engatilhados parecendo que estavam em uma guerra. Nós estávamos nos dirigindo a uma igreja em São Caetano e passamos pelo Vale das Pedrinhas que é um lugar que eu sempre passo”, disse a parlamentar sobre o caso denunciado nas redes sociais.

“[...]. Estou me dirigindo formalmente, por ofício, para que fique registrado não só o fato, mas também o pleito, a reivindicação da adoção das câmeras nos fardamentos dos policiais. Eu não quero ser tratada de maneira diferenciada porque eu sou deputada. Eu vi a mudança da abordagem quando o policial descobriu que eu sou deputada”, acrescentou.

(CORREIO) Um vídeo gravado por uma testemunha mostra o momento da abordagem feita pela Polícia Militar à deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), no Vale das Pedrinhas, em Salvador, na manhã desta quarta (01). As imagens registraram parte da cena, quando a deputada deixa o carro e conversa com um policial. O vídeo não tem áudio.

Olívia estava a caminho de uma atividade religiosa na Igreja de São Caetano quando foi parada. Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, ela define a abordagem como "violenta, completamente inadequada e daquelas que o nosso povo sofre todos os dias". "Os policiais, com as armas do lado de fora, apontadas para o meu carro, começaram a gritar: 'Desce do carro, porra. Todo mundo com a mão na cabeça'", disse.

Olívia relatou que os ocupantes do veículo obedeceram ao comando e desceram com as mãos na cabeça. Aos policiais, ela não se identificou como deputada, mas, após ser reconhecida pelo agente que coordenava a operação, o tom da abordagem mudou, diz.

Eu disse para ele que era um absurdo aquela forma de abordagem. Ele [o policial] disse que o veículo preto era suspeito, que tinha supostamente recebido uma informação de que tinha havido uma ocorrência e que haveria um veículo preto em fuga. Senti que a nossa vida esteve por um triz", contou.

Ao CORREIO, a parlamentar disse que não é aceitável suportar esse tipo de situação. "É uma abordagem de guerra. Não é sobre mim, mas sobre todas as pessoas negras que passam por isso. Um caso substitui o outro e isso vira uma rotina de abordagens erradas. Respeitamos as forças de segurança pública, mas o tipo de abordagem que adotam é o contrário do que deveria ser", desabafou