Colunistas / Esportes
Zé de Jesus Barrêto

Vitória em alta vence; Bahia em baixa empata

Baianão, 4ª rodada: Jacuipense 1 x 1 Atlântico; Vitória da Conquista 1 x 2 Juazeirense;
Fluminense de Feira 2 x 1 Jequié.
04/02/2018 às 19:04
Pela quarta rodada do baianão, a mesma toada. O Rubro-negro, no Barradão, enfiou três no Bahia de Feira, sobrando na segunda etapa, e assumiu a liderança do Baianão, com 10 pontos ganhos.  O Fluminense, em Feira, ganhou do Jequié (2 x 1 ) e também foi a 10 pontos.
 
  O Bahia,  jogando feito uma equipe de seminaristas em férias, lento e burocrático, sem criar nada,  decepcionou mais  uma vez:  0 x 0 contra o Jacobina (lanterna), no sertão, alto da Chapada. Com o resultado, o Tricolor continua em 6º lugar, com apenas 5 pontos, fora da zona de classificação. O torcedor indócil
 
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   Bahia decepcionou

   Jacobina 0 x 0 Bahia / templo nublado, muito mormaço. Estádio José Rocha com um público de 1.800 pagantes, um gramado alto mas em dia e o Jacobina na lanterna, precisando pontuar. Já o Bahia, em 6º lugar, também precisando vencer para encostar no grupo dos quatro primeiros, os classificados.  

Bola rolando

 O Bahia rondando, tendo a bola mas modorrento, e o time da casa se defendendo com denodo, fechadinho e dando chutões. 

 Aos 7 min, Zé Rafael bateu forte e cruzado, da esquerda, rasante, o goleiro triscou e quase Kayke chegou, carrinhando.  Aos 26’, outra bola cruzada da esquerda por trás da zaga do Jacobina, mas ninguém do Bahia chegou finalizar. Aos 36’, a melhor chance do tricolor, com um chutaço de Nino Paraíba para a espalmada do goleirão Lukita.
 Daí, aconteceu um lance estranho e decisivo: 

Aos 40 minutos, o lerdo Lucas Fonseca atrasou uma bola boba muito mal, de cabeça, e o goleiro Douglas precisou dividir com o atacante, fazendo falta feia na linha da grande área, frontal. Douglas terminou bem expulso pelo árbitro Jaílson.  Guto tirou  Allione e colocou o goleiro Rafael Santos, estreando enfim. E o Bahia ficou com um atleta a menos em campo.
  Primeiro tempo fraco, só uma equipe tentando jogar, mesmo assim com lentidão burocrática, e a equipe da casa se safando no chutão. Difícil de ver. Na segunda etapa serão 10 contra 11 no gramado, outra leitura.
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  Guto mexeu nos vestiários do Tricolor; tirou Elton e pôs Vinícius no meio campo. Mesmo com 10 em campo, a equipe da capital continuou no comando do jogo, tendo mais a bola, mas com dificuldades para penetrar e chutar. Uma equipe lenta e bem previsível, que não criu situações de gol. O Jacobina na dele, segurando.   
  Aos 48’, talvez a melhor oportunidade do Tricolor: Vinícius arrancou em jogada individual e, já na grande área, arrematou de canhota, acertando o travessão.  E Só.

  Mais uma partida medíocre, péssima campanha do Bahia, até agora, na temporada.  Preocupante. Mal coletivamente, nenhum destaque individual na equipe tricolor. 
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  Ficha técnica
  - Jacobina: - Lukita, Kauê (Cassim), Mayko, Vermelhão e Da Silva; Reinaldo, Caio Ulisses (Dias), Vitinho (Savoia) e   David; Michael e Teco. Técnico, Orlando da Hora.

  - Bahia :-  Douglas (Rafael Santos),  Nino Paraíba, Tiago, Lucas Fonseca e Leo; Édson, Elton (Vinicius), Allione e Ze Rafael; Edigar Junio e  Kayke (junior Brumado). Treinador, Guto Ferreira. 
  No apito, Jailson Macedo Freitas. 
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- Bahia x Náutico /  dia 22, pelo Nordestão, na Fonte Nova. Antes, tem o Vitória da Conquista, pelo Baianão. 

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  Leão mandou na Toca

Vitória 3 X 0 Bahia de Feira. O duelo de líderes no Barradão, praticamente vazio (3.800 pagantes).  Tarde abafada mas sem chuvas. Uma boa segunda etapa.  
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Bola rolando

 O Vitória se impôs  desde o início, trocando passes, valorizando a posse de bola e  o tricolor de Feira encarou,  ficou na espera do erro adversário. Boa movimentação em campo, mas com pouca criatividade.   

  O time visitante criou algumas oportunidades, não fez. O Vitória só chegou  de vera aos 43’, com um chute de Yago que Jair pegou; logo depois,  Denilson perdeu um gol, arrematando pra  fora.

  Na saída pros vestiários, os atletas e treinadores reconheceram que as duas equipes não atuaram bem, renderam muito pouco ofensivamente. 
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  O  rubro-negro voltou da merenda com mudança: Rhayner em campo.  Mais correria. O time do interior voltou marcando bem, mas chegou pouco, foi morrendo em campo. Aos 10’, o árbitro enxergou um pênalti de Gil Baiano em Denílson. E o lance mudou totalmente o panorama.

- Gol ! 1 x 0, Neilton cobrou a penalidade com classe, abrindo o marcador. Aos 16 min. 

 Com o placar, o Bahia de Feira teve de sair e o Vitória tomou conta. Abriu-se a porteira. 

- Gol ! 2 x 0 , Kanu, aos 18 min. O homem surpresa, de cabeça, desviando cobrança de escanteio. Jogada ensaiada, mortal.

  - Gol ! 3 x 0, Denílson, que não estava bem no jogo, aos 23’, fez um golaço, de longe, por cobertura, achando o goleirão Jair fora da pequena área.

  Daí em diante, só deu Vitória, tocando e administrando a partida com superioridade. Até o final. 
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Ficha Técnica
- Vitória: Fernando Miguel, Lucas Marques, Kanu, Bruno e Bryan; Uillian, Fellipe Soutto (Rhayner), Juninho e Yago; Neilton e Denilson (Jhemerson).   Treinador, Mancini.  

- Bahia de Feira : Jair, Van, Menezes, Paulo Paraíba e Cazumba; Fausto, Gil Baiano e Bruninho (Carlos); Candinho, Jarbas e Robert.   Técnico, Quintino  Barbosa. 
No apito: Bruno Pereira Vasconcellos.
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-  O Vitória tem o Globo pela frente, pela Copa do Brasil, fora, meio da semana.  Depois, pelo Nordestão, sábado, 10 de fev, às 16 h, ABC de Natal x Vitória.

- As novas  caras no rubro-negro: o meia alemão Alexander Baumjohann, 31 anos; o atacante Belusso, 29 anos; o lateral esquerdo Pedro Botelho, baiano, 28 anos; e o zagueiro Walisson, 26  anos. Não estrearam ainda.
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 Outras partidas
 Baianão, 4ª  rodada:  Jacuipense 1  x 1 Atlântico; Vitória da Conquista 1  x 2 Juazeirense; 
                                       Fluminense de Feira 2 x 1 Jequié.

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Da coluna de Tostão - “Craque, irreverente e brega”:
“ Neymar é  um supercraque. Fora dos gramados, não me  desperta curiosidade, admiração nem rancor. Como a maioria das celebridades, ele curte os prazeres, as breguices e as idiotices do estrelato. A fama costuma empobrecer o ser humano”.