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Zé de Jesus Barrêto

O torcedor quer mais futebol da dupla BAVI

O tricolor perdeu nessa virada o bom meio-campista Renê Jr (fará falta), o jovem lateral esquerdo Juninho Capixaba (destaque no Brasileirão) e o promissor goleiro Jean
28/12/2017 às 12:27
 Fim de ano, Bahia e Vitória com presidentes recém-eleitos, olhos já na temporada 2018, algumas definições e muitas especulações nas hostes rubro-negras e tricolores. Hora de especulações, negócios, dispensas, trocas e contratações para formação de elenco. A apresentação para começo de trabalho já na primeira semana de janeiro.  

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  Gordiola voltou

  No tricolor, a notícia de peso, até agora, é a volta  do treinador  Guto ‘Gordiola’ Ferreira, que conhece bem o elenco que sobrou de 2017 e o ambiente. Ele foi o comandante na conquista da Copa Nordeste e deu um padrão de jogo competitivo à equipe que começou bem o Brasileirão. Depois, olho gordo, se picou para o Colorado gaúcho. Vem trazendo seus dois auxiliares de confiança e um preparador físico exigente. Guto é técnico, nada de professor, paizão. Mérito é seu critério de escolha e escalação do time. A ver. 

  O tricolor perdeu nessa virada o bom meio-campista Renê Jr (fará falta), o jovem lateral esquerdo Juninho Capixaba (destaque no Brasileirão) e o promissor goleiro Jean, todos para o futebol paulista. 

  Diante desse quadro, precisa trazer um goleiro confiável, zagueiros, laterais, meio-campistas, avantes... para qualificar mais a equipe, fortalecer o grupo.  Por enquanto, foi anunciada a renovação com o meia Régis, a contratação do lateral Nino Paraíba, uma possível vinda do meia atacante Elber, 25anos, do Cruzeiro ... que mais?   Muito pouco até agora. 

Em janeiro já temos jogos valendo pontos pelo Baianão e Nordestão. E  mais adiante a Copa do Brasil, a Sul-americana e o Brasileirão. Ano da Copa do Mundo  na Rússia, em junho/julho. 

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 Leão mais forte

  O rubro-negro manteve o treinador Mancini, certo. O clube, dizem os novos dirigentes empossados, está com os cofres vazios. Mas o torcedor quer um Leão mais forte nos gramados e um clube menos tumultuado nos bastidores. Neste ano que se vai, foi um entra e sai de presidentes, diretores e gerentes de futebol, treinadores ...  E, por essas e outras, quase o time caiu pra segundona. 

 Dúvidas postas: O ousado lateral Caíque Sá e o xerife Kanu ficam? William Farias vai estar inteiro? O bom Uilian Correia permanece, mas o veloz David vai para Minas e o colombiano Tréllez sofre assédios, tem o pé fora; são duas perdas significativas na frente. Além da sentida carência de meio-campistas criativos. 

Esta semana falou-se numa troca, com o Vasco, do instável atacante Kieza pelo meia argentino Escudero, ex-ídolo rubro-negro. É uma boa, mas o meia, camisa 10, ainda se recupera de uma lesão séria no pé canhoto. O problema são os altos salários de ambos.   Reforços para o ataque, pois, devem chegar.

  Mancini carece de atletas que permitam opções e variações de jogo na equipe. O Vitória de Mancini/2017 foi um time de poucas alternativas: marcava com intensidade, no próprio campo, e investia sempre com bolas longas, nos contragolpes em velocidade com David e cruzamentos pelo alto, no sufoco, a tática do ‘Leão Doido” que arrancou surpreendentes resultados fora de casa, mas que não encaixou no Barradão.  O torcedor, exigente, quer mais, quer ver o Leão mandando na Toca e jogando bem, tratando melhor a bola. 

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  O Baianão, sabemos, não é parâmetro, mas a rivalidade Ba x Vi cobra títulos. No Nordestão a pegada já é mais forte e tem o repuxo das viagens. É preciso elenco, bom planejamento e pernas. 
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  Já é conhecido o primeiro adversário do Tricolor pela Copa Sul-Americana, em abril: será o Blooming, equipe boliviana de Santa Cruz de la Sierra.