Uma madrugada insone e com pesadelos viveu o torcedor do Bahia após a derrota para o Sport por humilhantes  4 x 1, jogo em Recife, na Ilha do Retiro que o eliminou da Copa Sul-Americana.  

   Não doeu tanto pela desclassificação, afinal o torneio sul-americano serviria apenas como mais uma tentativa de projetar o clube internacionalmente. O pior foram as circunstância da goleada. 

   Resultado de uma atuação catastrófica dos dois laterais escalados por Sérgio Soares – o inapetente Marlon pela esquerda e o becão Thales pelo lado direito, sem saber o que fazer da bola e, ainda por cima, expulso justamente aos 37 minutos da etapa final após uma entrada grosseira, de sola na canela de um adversário no meio campo, no campo de ataque, quando a partida estava jogada com lealdade, até sem muitas faltas, na bola. Injustificável e decisivo para o triunfo dos rubro-negros de Pernambuco. 

   A atuação de Marlon foi desastrosa: levou um passeio de Maikon Leite e foi culpado direto em dois gols, o primeiro de Rithely, aos 6 minutos do segundo tempo, de cabeça (ele não subiu), e o último, já nos acréscimos, ele paradão espiando apenas; parecia sem pernas e sem vontade, desde o começo. Comprometedora atuação. 

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  O Sport começou em cima, atacando, Douglas Pires fez três ótimas defesas no primeiro tempo, segurando o placar, mas o tricolor baiano equilibrou o jogo e também criou suas chances de gol com Souza (duas vezes) e Alexandro.  O tento de Ritchely aconteceu após a manjada cobrança de falta (Diego Souza) alçada na área, aos 6 min da etapa final. O Bahia, tocando bem a bola, chegou a encurralar o Sport até empatar com Maxi, aos 28. Aos 33, após nova bola alçada, Durval escorou para  Hernani brocador desempatar. Jogo duro, equilibrado, o Bahia classificado mesmo com os 2 a 1...  até a estúpida expulsão de Thales.  

   Aos 40’, após uma furada ridícula do becão Gabriel, em sua primeira intervenção ( entrou em lugar de Maxi após a expulsão, no intuito de recompor a zaga e garantir o placar), a bola sobrou livre para a finalização de Elber (3 x 1), fazendo a festa nas arquibancadas. De quebra, com  o time já arriado e só olhando, veio o gol do Brocador, aos 49’, entrando como bem quis pelo meio. Lamentável. Não dá pra aceitar de boa uma goleada, e logo pro Sport !

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  Bem, resta agora o foco na Série B. O consolo. A torcida vai cobrar e muito a volta para a Primeirona, e já. É preciso ter consciência de que mais um ‘branco’ como o que aconteceu em Recife pode comprometer todo um trabalho que começou em janeiro. O torcedor não vai perdoar.

  E o bicho já vai pegar no próximo sábado, 21 h, no interior de São Paulo quando o Bahia, em quinto lugar com 34 pontos ganhos, a quatro do líder Vitória, enfrenta o Mogi Mirim, que tem apenas 17 pontos, na rabeira da tabela.  É vencer ou vencer.

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  Liderança ameaçada    

  O rival Vitória, com 38 pontos, já jogou pela rodada, na noite de terça-feira, no Barradão. Fez uma partida ruim, irreconhecível contra o Oeste, não conseguindo mais que um empate  de 1x1, num joguinho pífio de se ver. Frágil na defesa, articulando mal o meio campo, o rubro-negro limitou a ‘chuveirar’ bolas e bolas na área adversária, nada mais. De bom apenas algumas jogadas individuais de Escudero, enquanto teve pernas e a correria insana do meia Rahyner. 

  O gol do Oeste, abrindo o placar, foi a cara da atuação desencontrada do time baiano: o becão Kanu foi cortar uma bola cruzada rasteira e acertou a perna do goleiro Gatito, gol contra. Rahyner empatou aos 27 do segundo tempo na manjada jogada de ‘bola parada’  escorando um escanteio cobrado por Escudero. Só.

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   A 20ª rodada, que segue na sexta e no sábado, tem dois jogos que podem derrubar a liderança do Vitória, que tem 38 pontos ganhos, os dois na noite de sexta: 

- CRB das Alagoas x Botafogo (RJ); o time carioca tem 36 pontos, dois a menos do líder. O jogo é em Maceió.

- América (MG) x Luverdense, no Independência, em BH. O América tem 35 pontos.