Quem visita Lisboa tem quase como obrigação conhecer esse monumento que é uma das sete maravilhas de Portugal
Tasso Franco , da redação em Salvador |
22/01/2020 às 10:22
Torre de Belém flutuando nas águas do Tejo
Foto: BJÁ
A Torre de Belém, em Lisboa, é o charme. Nenhum outro monumento da cidade é mais charmoso e querido do que a torre manuelina à margem direita do Tejo erguida para fazer parte da defesa da cidade, juntamente com mais duas torres militares em Cascais e Caparica, mais próximas do Atlântico.
Diria que, à semelhança do Cristo Redentor, no Rio; e o Elevador Lacerda, em Salvador, é, hoje, um ponto turístico obrigatório para quem visita a capital portuguesa, por sua beleza, seu por do sol, seu museu, sua arquitetura e localização na antiga prainha do Tejo, somo se estivesse flutuando na água.
Atualmente, milhões de pessoas ao ano visitam este local entre portugueses e estrangeiros e mais de 1 milhão paga para percorrer as suas dependências internas havendo um pequeno pontilhão entre a prainha e a torre. Nos arredores da Torre foi instalada uma infra de restaurantes, bares, marina, quiosques, ponto de táxi que ajuda o turista ficar mais tempo no local.
No por do sol, diariamente, são milhares de pessoas acomodadas ao redor da torre e no calçadão que vai do monumento dos navegadores até a torre, algo em torno de 15 minutos paletando. O passeio é integrado entre torre, monumento dos navegadores e o Mosteiro dos Jerônimos e você pode fazer esse roteiro de uma vez só ocupando toda uma tarde.
Vale lembrar que o acesso ao interior do mosteiro e da torre só até às 17h30min e, para quem já se encontra nos interiores, às 18 horas, 18h30min, no máximo, as pessoas podem permanecer por lá.
Há, nas proximidades da torre quiosques de vendas de refrigerantes, sanduiches e latinhas de cerveja bem como aluguel de cadeiras para você levá-las até à beira do cais da torre e assistir ao por do sol, confortavelmente.
Se quiser pode também sentar-se na escadaria em frente á torre com as águas do Tejo batendo aos seus pés. Quando a maré tá baixa a prainha aparece mais e dá até para um mergulho no rio, na época do verão. No inverno não é recomendável. (TF)
DADOS HISTÓRICOS
DO WIKIÉDIA
A Torre de Belém, oficialmente Torre de São Vicente, é uma fortificação localizada na freguesia de Belém, concelho e distrito de Lisboa, em Portugal. Na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém, era primitivamente cercada pelas águas em todo o seu perímetro.
Ao longo dos séculos foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje a terra firme. Um dos ex libris da cidade, o monumento é um ícone da arquitetura do reinado de D. Manuel I, numa síntese entre a torre de menagem de tradição medieval e o baluarte moderno, onde se dispunham peças de artilharia.
Ao longo do tempo, a torre foi perdendo a sua função de defesa da barra do Tejo e, a partir da ocupação filipina, os antigos paióis deram lugar a masmorras. Nos quatro pisos da torre, mantêm-se a Sala do Governador, a Sala dos Reis, a Sala de Audiências e, finalmente, a Capela com as suas características abóbadas quinhentistas.
A Torre de São Vicente (1514) pertence a uma formação de defesa da bacia do Tejo mandada erigir por João II de Portugal, composta a sul pela torre de São Sebastião da Caparica (1481) e a oeste pela Torre de Santo António de Cascais (1488).
O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época em que o país era uma potência global (a do início da Idade Moderna).
Em 1495, o rei D. Manuel I torna-se uma figura importante do comércio internacional, visto que Vasco da Gama e posteriormente Álvares Cabral estabelecem rotas marítimas com a Índia, Goa e Malaca, África e Brasil, trazendo e oferecendo produtos exóticos. Essas experiências e conhecimentos levam à definição das características do estilo Manuelino, representado nos seus monumentos.
Portugal está associado muito especialmente ao estilo manuelino, designação adquirida pelas obras decorrentes no reinado de D. Manuel I, entre 1495 e 1521. De alguma maneira, esse estilo, segundo o autor, advém de influências do estilo Isabelino de Espanha, elaborado e ostentativo.
A Torre de São Vicente é um exemplo de transição entre a arquitetura da Idade Média e o Renascimento, de uma forma consonante aliada à boa maneira Manuelina, a massa de uma recuada torre quadrangular de índole medieval, com aproximadamente trinta metros de altura, num corpo avançado de "embasamento" e base, reforçando a horizontalidade e abraçando a forma hexagonal irregular, com quarenta metros de comprimento, orientados para sul e para o Tejo, visando desarmar com as suas baterias de fogo, colocadas no baluarte "acasamatado", qualquer tentativa de assalto por via marítima.
Originalmente sob a invocação de São Vicente de Saragoça, padroeiro da cidade de Lisboa, designada no século XVI pelo nome de Baluarte de São Vicente a par de Belém e por Baluarte do Restelo, esta fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projetado à época de D. João II (1481-95), integrado na margem direita do rio pelo Baluarte de Cascais e, na esquerda, pelo Baluarte da Caparica.
