Turismo

Hotelaria registra pior ocupação dos últimos 5 anos em Salvador

O turismo de Salvador no buraco esperando o Carnaval chegar. É o que resta.
Sara Barnuevo , Salvador | 05/05/2016 às 19:04
Parte do toldo do Mercado do Peixe desabou
Foto: BJÁ
A rede hoteleira de Salvador apresentou em abril taxa de ocupação de 41,18% e diária média de R$ 247,63, resultando em um Revpar (indicador ponderado de desempenho) de 101,97. Essa taxa de ocupação é a mais baixa dos últimos cinco anos, período em que a pesquisa Taxinfo teve início. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se piora na taxa de ocupação, que passou de 48,62% em abril
de 2015 para 41,18% em abril de 2016. 

Dos quatro Polos hoteleiros da cidade coube ao tradicional da Barra-Rio Vermelho o melhor desempenho seguido pelos hotéis do Centro-Pelourinho e Itapuã-Stella Maris. O polo de hotéis do Stiep-Pituba – voltado para o turismo de negócios – voltou a apresentar o pior resultado. Analisando-se os resultados por hotel, verifica-se que os melhores desempenhos se referem a hotéis que possuem Centros de Convenções, estruturas fundamentais neste período de baixa estação em que o único Centro de Convenções da cidade encontra-se fechado.

“Em visita ao Centro de Convenções com todos os segmentos do trade e acompanhados pelo secretário de Turismo Nelson Pelegrino, pudemos verificar que as estruturas estão sendo recuperadas e ouvir dos técnicos que a necessária manutenção – abandonada por tantos anos – pode ser feita em poucos meses. Mas é necessário garantir os recursos e continuidade das obras, definindo cronograma e prazo para reabertura. O Centro de Convenções tem
importância estratégica para o turismo e a hotelaria, um dos setores que mais emprega na capital; não podemos abandoná-lo”, pondera Glicério Lemos,
presidente da Abih-BA.

Os resultados são fruto da Pesquisa Conjuntural de desempenho (Taxinfo), realizada em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – seções Bahia e Brasil. Os dados são fornecidos diariamente
pelos próprios hotéis ao Portal Cesta Competitiva e a média resultante constitui indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem em nossa
capital.

As informações da Infraero sobre o movimento de passageiros no aeroporto da capital confirmam a queda na atividade, tendo registrado no primeiro trimestre deste ano 11,5% menos passageiros do que no mesmo período de 2015.