Turismo

CARNAVAL é a galinha de ovos de ouro para a rede hoteleira de Salvador

No restante do ano a rede hoteleira fica com a galinha dos ovos de barro
Sara Barnuevo , da redação em Salvador | 04/02/2016 às 16:18
Ruas cheias e ocupação hoteleira com 71.27% em janeiro último
Foto: Arthur Garcia
Após amargar um dos piores anos da década, a hotelaria de Salvador apresentou, no primeiro mês de 2016,
uma taxa média de ocupação de 71,27% e diária média de R$ 266,25, resultando em um Revpar (indicador ponderado da diária e ocupação) de 189,76, segundo dados da Pesquisa Conjuntural de desempenho (Taxinfo),
realizada em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – seções Bahia (ABIH-BA ) e ABIH nacional. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se melhora expressiva tanto na taxa de ocupação, que passou de 67,41% em janeiro de 2015 para 71,27% em janeiro de 2016; quanto na diária média que teve acréscimo de 13,8% (passando de R$ 234,06 em janeiro de 2015 para R$ 266,25), superando a inflação, estimada em cerca de 10%.

A média esconde diferenças significativas de desempenho em função da localização dos hotéis e o público
para o qual se destinam. Assim, dos 4 Polos hoteleiros da cidade coube ao tradicional Barra-Rio Vermelho o melhor desempenho seguido pelos hotéis do Centro-Pelourinho e Itapuã-Stella Maris. O polo de hotéis do Stiep-Pituba –
voltado para o turismo de negócios – apresentou o pior resultado.


“Os hotéis próximos à orla e voltados para o público de lazer vêm refletindo os efeitos favoráveis do
câmbio, da divulgação antecipada das festas do Verão e da recuperação da cidade, cuja orla marítima e pontos turísticos vêm sendo requalificados após quase uma década de abandono. O turismo de lazer está retornando aos poucos para a
cidade mas ainda há muito por fazer. Nossa preocupação está voltada para o pós-carnaval, período em que se compensa a forte sazonalidade do setor, com o turismo de negócios, cuja principal ferramenta de atração é o Centro de
Convenções, que se encontra atualmente fechado para reforma, sem data certa de reabertura”, pondera  Glicério Lemos, Presidente da ABIH-BA.