Turismo

BAHIA JÁ dá 30 DICAS TURÍSTICAS para quem deseja conhecer a ALEMANHA

País tem várias rotas turísticas pelo interior e Berlim é sempre um grande prazer conhecê-la por sua história
Tasso Franco , da redação em Salvador | 25/01/2016 às 12:23
Portão de Brandenburgo uma das atrações de Berlim
Foto: BJÁ
​   30 DICAS PARA CONHECER A ALEMANHA

  1. Partindo de Salvador a melhor opção é o vôo Tap para Lisboa saindo 18h e chegando em Portugal às 5 da manhã do dia seguinte. Daí, pela mesma TAP, há vôos para Munique, Berlim, Hamburgo, Frankfurt e outras cidades. Minha opção foi Munique saindo às 10h e chegando pouco depois do meio dia. Você pode marcar o vôo em Salvador e só retirar as bagagens em Munique e/ou outra cidade que optar.

  2. Você pode, também, contratar um 'transfer' do aeroporto para o hotel de Munique ou outra cidade pagando na Bahia ou pendurando no cartão. Se optar por um táxi custa em média 70 euros entre o aeroporto de Munique e o hotel. Em Berlim é um pouco mais caro a depender da distância do seu hotel. Há hotéis próximos dos aeroportos, mas, a logistica para visitar os centros das cidades acaba ficando mais caro. Optar, por hotéis no centro histórico ou próximo deles é a melhor opção. Você também pode ir de metrô dos aeroportos para os hotéis.

  3. A moeda na Alemanha é o euro e o câmbio, hoje, está na faixa de R$4,50/R$4.70 por 1 euro. Nenhuma casa de câmbio aceita real. Ou você leva euro ou dólar. A Alemanha é o país mais rico da Europa e o euro é mais valorizado. Exemplo: um almoço em Lisboa custa em média 10 euros; em Berlim 12 a 15 euros. É como Salvador e Rio. O real é a mesma moeda, mas, os preços no Rio são mais caros, daí que o real na cidade maravilhosa é mais valorizado. Na Alemanha a regra é a mesma.

  4. A língua predominante é o alemão, mas, em todos os locais turísticos fala-se inglês. Nos restaurantes há cardápios com páginas em inglês, espanhol, russo e japonês. Portanto, não se preocupe com isso. O português - a língua - não existe salvo se você encontrar algum gaçom brasileiro, o que é possível.

   5. Os sistemas de transporte público em todas as cidades da Alemanha são de alta qualidade - VLTs, Metrôs e Ônibus - além dos táxis. Você pode comprar os tiquetes nos hotéis e/ou nas estações. Não há cobradores ou trocadores como falamos no Brasil. Tudo é automatizado. Você compra um 'travel day' na máquinha e passa nas catracas para ter acesso. Tem passagens por 1 dia, uma semana, um mês e assim por diante.

   6. Há sistemas alternativos de transporte público turistico por bikes em quase todas as cidades e por segways (aqueles equipamentos usados pelos seguranças nos shoppings centeres no Brasil). O aluguel desses equipamentos podem ser feitos nos hotéis ou nos pontos turísticos. É recomendável somente para quem tem prática nesses sistemas ou conhecem as cidades. Tem visitas guiadas. É muito interessante. Em média cusa 12 euros por um turno.

   7. Detalhe: quando estiver andando pelas cidades da Alemanha tenha cuidado com as bicicletas. Existem ciclovias por todo lado e como não estamos acostumados com esse trânsito intenso de bikes no Brasil tenha atenção para não ser atropelado. Há sinalizações e v deve respeitar todos os sinais. Se você for atropelado quem paga o prejuizo é você. As bicicletas também andam em alta velocidade a depender da pista. Fique ligado.

   8. Alguns táxis são dirigidos por portugueses e/ou italianos. Daí que a comunicação se dá numa boa. De uma forma geral, os taxistas são muito honestos e não criam roteiros alternativos para as corridas ficarem mais caras. Se o motorista for alemão o melhor é levar por escrito o local que v deseja ir. Não esqueça de pegar na portaria do seu hotel o cartão de visitas. 

   9. Não é preciso andar com passaporte no (a) bolso (a). Deixe-o no hotel, de preferência no guarda-valores ou em sua mala. Ninguém pede documento nas ruas. Ande apenas com sua carteira de identidade. Lembrando que algumas casas de câmbio exigem o passaporte e outras não. Nunca faça seu câmbio no hotel e no aeroporto. São sempre mais caros.

   10. Nada é barato na Alemanha. Mas, faça como teria dito  Hebe Camargo a Marilia Gabriela: "Quem converte não se diverte". Uma coca cola em lata custa 3.5 euros (algo em torno de 14 reais) e uma cerveja em tulipa de 400 ml 3.8 euros. Aquela cervejona em caneca de 1 litro custa 10.5 euros (50 reais app). Vale a pena. Um almoço de boa qualidade custa, em média, 15 euros. Estamos falando dos restaurantes da classe média e não daqueles citados no Guia Michelin. 

   10. Vinhos são baratos na faixa de 15 a 20 euros nos restaurantes. Nas mercearias e tendas, mais baratos ainda. Uma opção para quem está com pouco capilé é almoçar nas padarais onde os sanduiches grandes custam em média 3.5 euros e pode-se comprar um refrigerante em litro. Ninguém tem vergonha de comer na rua, num banco de jardim, ou numa mesinha. E pão é sempre um alimento saudável. 

   11. Dica preciosa é conhecer os mercados de Munique, de Berlim, de Frankfurt onde há uma quantidade enorme de tendas gourmets e muitos produtos à venda, de típicos a guloseimas. Todo mercado é uma festa e os produtos são mais baratos. V pode fazer uma feirinha e levar por hotel. Ninguém se incomoda com isso. Se gosta de vinho não esqueça de levar um saca-rolha.

   12. Ao comprar um produto típico local - um souvenir - verifique a etiqueta se não é Made in China. Muitos produtos típicos dos mais baratos são fabricados na China e países da Ásia - Paquistão, India, etc. Se v quer comprar uma coisa típica da Alemanha esse detalhe é importante.

   13. Em Munique, por exemplo, os produtos típicos são as canecas de cerveja e os relógios cuco de parede fabricados em cidades do interior da Floresta Negra. Há preços dos relógios que variam entre 50 euros a 2.500 euros. Em Berlim, o produto típico principal é urso e há para todos os gostos. Em algumas lojas vende-se pedaços de pedras do muro de Berlim. São réplicas falsas. Pule fora. Não compre - quase nunca - souvenirs pesados. Isso é uma chateação para carregar.

   14. Evidente que, se você for a Berlim, conhecer um trecho do muro que ainda está de pé, na parte Oriental, é uma pedida obrigatória. Não dá pra levar um pedacinho do muro mas pode tirar fotos, verificar as artes grafitadas no muro e conhecer a história desse paredão que dividiu a cidade depois da II Guerra Mundial. Frankfurt é um bom local para ir às compras - tem um comércio incrível; e Munique é a capital da cerveja e tem cervejarias ótimas, com música ao vivo. Noutras cidades também tem. Os alemães adoram dançar e cantar nas cervejarias. E beber.

   15. As cidades da Alemanha são repletas de museus. Todas elas. Tem museu que não acabam mais. Não dá pra conhecer nem 1/3 numa viagem, mas, é importante ir em pelo menos um ou dois. Em Berlim, tem a ilha dos Museus. E muita coisa relacionada com a II Guerra Mundial. Em Nuremberg se dê vá conhecer o Palácio da Justiça onde os crimes nazistas foram julgados. Os guias normalmente indicam os museus para você. Não dá pra ir a um teatro, salvo para quem fala e entende alemão.

   16. Todo mundo que vai a Alemanha quer visitar ou conhecer um campo de concentração nazista. Tem vários. O mais emblemático é Dachau. Nos arredores de Berlim tem o campo de Sachenhausen. O acampamento foi estabelecido por volta de 1936. Devido a sua localização este campo era o centro administrativo de todos os outros. Sachsenhausen transformou-se um centro de aprendizado para os oficiais da SS. As execuções ocorreram em Sachsenhausen, especialmente aqueles que eram prisioneiros de guerra russos. A visita é guiada fica a 40 minutos do centro de Berlim. Você vai ver as celas dos prisioneiros, fotos, mensagens e uma série de outras coisas. É impressionante. Chocante.

   17. Outra visita obrigatória é ir a Potsdam, a localidade onde os aliados se reuniram para assinar o armisticio pelo fim da II Guerra Municial . Fica nos arredores de Berlim, no estado de Brandenburgo. Conhecer o Palácio de Cecilienhof onde se reuniram Stalin, Truman e Curchill para configurar o novo mapa mundi da Europa com a divisão dos blocos comunista (cortina de ferro) e ocidental. Tem visita guiada e você pode conhecer o interior do palácio e as salas onde aconteceram as conferências do pós-guera, e os gabinetes dos três mandatários da Rússia, EUA e Inglaterra.

   18. A Alemanha tem as melhores cervejas do mundo. É a bebida preferida desse povo. E você estando em Munique, a capital da cerveja, deve experimentar as marcas mais famosas. Atualmente existem 6 cervejarias em Munique: Hofbräuhaus, Paulaner, Augustiner, Hacker-Pschorr, Spaten e Aying. Você também pode programar para ir na festa da cerveja - Oktoberfast - que cai entre setembro e outubro. É uma muvuca das melhores. Um carnaval com muita bebedeira, música, shows, parque de diversões, etc. De preferência vá com um grupo.

   19. Essas e outras cervejas você encontra em quase todas cidades da Alemanha. As festas da oktober - a chegada do outono - também acontecem em várias cidades do interior. Além da cerveja há bons vinhos no país. Não se aprecia uisque como na Inglaterra e na Escócia. Outra bedida bastante consumida no país é a nossa caipirinha. Custa em torno de R$40 uma dose com cachaça Ypioca. A cerveja de trigo é uma maravilha.

   20. A comida típica local é a base de salsichas, joelho de porco, ganso, frango, batata e repolho. Adoram repolhos e tem de todas as cores e tipos culinários, tostados, torrados, cozidos e assim por diante. Arroz não servem. Feijão e farinha deixa pra quando você voltar para o Brasil. As salsichas nos pães são a pedida mais popular. Encontra-se em toda parte. Com uma caneca de chope HP é uma delícia. Agora, cuidado com as mostardas e molhos para não ter dor de barriga.

   21. Como em qualquer país tem os restaurantes internacionais, especialmente os italianos (pizzarias e outros) e os franceses. Há ainda restaurantes argentinos, mexicanos, brasileiros, e uma profusão de restaurantes asiáticos - japoneses, tailandeses, vietnamitas, chineses, etc. Em Berlim tem um excelente restaurante brasileiro. Nos restaurantes alemães - os tipicos - tem sempre música e familias comendo e fazendo zoada. Conversam alto e quando tomam muita cerveja cantam, brindam. Diz-se que o alemão é fechado (cerrado) até a primeira cerveja.
 
   22. O turismo é altamente profissional. Tem roteiro pra tudo, inclusive para casas de sexo. A Alemanha tem as melhores sex-shopping da Europa. São sensacionais. Tem produtos que v nem imagina, de mecânicos a manuais - vestes, pomadas e outros. Passeios de barcos nos rios são comuns em todas as cidades com rios e tem pra todo gosto, desde dá uma volta em torno de 40 minutos a 1 hora, a um passeio mais longo com jantar e música. Preços variam entre 40 e 100 euros. Alguns desses barcos são usados entre eles para festas de aniversários e para comemorações de casamentos.

   23. Há muitos roteiros pelo interior da Alemanha país que em 82 milhões de habitantes e é o maior da Europa. Um dos melhores é a rota romântico pela região central - Nuremberg, Frankfurt, Roterdã, Heidelberg etc - e há roteiros específicos (não recomendáveis para brasileiros) na temporada do inverno. Há também muitos roteiros de campo e de aventuras - de bike, raffings, florestas, etc. Ai fica por gosto e desejo de cada qual.

    24. Também é fácil alugar um carro na Alemanha. Nas autopistas a velocidade é livre e os veiculos andam até ou mais de 200km por hora. Noutros trechos há sinalizações entre 80k e 120 km nas áreas urbanas. Todas as estradas são bem sinalizadas e o pedágio é embutido no aluguel do veículo. Normalmente aluga-se um mercedez ou um BMW com câmbio automático. 

    25. Obrigatório visitar alguns dos castelos que existem no país. São centenas. É uma oportunidade que v tem de conhecer como vivem os nobres, o clero e os militares na idade média e até antes disso. Alguns são impressionantes com aquelas muralhas imensas, fossos, salões de armas e assim por diante. Alguns têm funicular (bondinho) para se chegar ao topo. Dos castelos - normalmente - se tem uma vista fantástica das cidades.

   26. Em Berlim, o que mais atrai o turista são os temas relacionados a II Guerra Mundial. O Portão de Brandenburgo, o Museu do Holocausto e toda uma história relacionada a guerra. Vá conhecer como eram as habitações da Alemanha Oriental (Soviética) e os prédios modernos da área Odicental. Vá a Ka DeWe a maior loja de deparamento da cidade. Não deixe de andar de metrô e conhecer a estação central. Se v curte bichos próximo daí tem um Zoo fantástico.

   27. Tem muita coisa para se comprar na avenida onde fica a Ka De We e arredores. Esqueça as peças de grifes italianas e francesas e adquira peças da Alemanha que são mais em conta especialmente blusões e roupas para a época do frio. Dependendo da época em que v for tem liquidações bastante interessantes. Há também uma infinidade de modelos de chapéus para quem gosta desse tipo de produto. Os melhores masculinos na faixa de 100 euros. Sapatos - para quem curte - classicos são elegantes - o social cromo alemão. 

    28. O país tem um artesanato riquissimo e variado, de cristais a peças em louças e madeiras. Os cristais da Bohemia. Os cucos de Munique são fantásticos. Em cada cidade que se visita tem um tipo de artesanato diferenciado da outra. O país tem uma variedade enorme de doces artesanais de dar água na boa, sempre nas feiras livres e nas padarias. As vestes típicas também são bonitas e caras.

   29. A Alemanha não tem cidades muito grandes como no Brasil - SP/RJ. A maior delas é Berlim com 3.5 milhões de habitantes. As demais capitais e outras giram em torno de 1.8 milhão, 500.000 habitantes, o que é muito bom para a movimentação dos turistas. Daí que v ficando no centro dessas cidades pode fazer uma boa parte dos roteiros a pé, andando. Além disso, se v andar de táxis, as corridas ficam bem mais em conta.

   30. A Alemanha remete, em todos os momentos, a I Guerra Mundial e II Guera Mundial. Os alemães não põem esses episódios embaixo dos tapetes. As guerras foram desastrosas para a Europa e para a Alemanha, mas, eles encaram a realidade como ela é, reconstruiram - e ainda reconstróem o país (Berlim ainda é um canteiro de obras após 70 anos do fim da guerra) e tratam esses temas abertamente nos museus, memorias e numa infinidade de produtos culturais sobre as gueras - livros, revistas, videos e outros. Boa viagem.