Turismo

SUCRE: Impressionante Parque dos Dinossauros com 5000 pegadas de dinos

A vista ao todo parque cretácico de Sucre exige preparo físico e para quem não tem medo de alturas
Tasso Franco , da redação em Salvador | 14/04/2015 às 11:48
Réplica do maior dino do continente sul americano, o titanossauro
Foto: BJÁ
   O Parque Cretácico de Sucre (Cal Orcko em quechua Cal Urqu, Cerro de Cal) é um sítio arqueológico do período paleontológico da Bolivia, situado num canteiro da fabrica de cimento Fancesa, distante meia hora do centro da cidade. 

   No parque estão as pegadas de dinossauros mais importantes do mundo - mais de 5.000 pegadas de 294 espécies - abelissauros, mossadáurios, carnotáurios, titanossáurio, etc - o que impressiona a todos os visitantes. As pessoas - em visita guiada - podem chegar próximas das pegadas 1 metro de distância, receber uma aula do guia e tirar fotos dos locais, sem pegar ou tirar pedaços das pegadas como lembranças. 

   Os cientestas dizem que essa descoberta na região centro-norte da Bolivia trouxe uma grande contribuição à história e à ciência, pois, revelaram dados não conhecidos até então  sobre o final do período Cretácico e o início do Terciário, há 66 milhões de anos, documentando a diversidade de dinossauros melhor do que em qualquer outro sitio do mundo.

    E Sucre tira proveito disso 'vendendo' o Parque Cretácito como uma das suas atrações turistas - a outra é seu belíssimo e conservado centro histórico - levando a região central da Bolivia estudiosos e turistas de várias partes do mundo, especialmente europeus e norte-americanos. 

   Até essa descoberta o sitio mais imporante desse periodo era o de Khjoda-Pil-ata, en Turquemistão, e outros em Portugal, Grã Bretanha e Espanha. Cal Orcko, no entanto, é várias vezes maior. Nos outros sitios do mundo os cientistas só encontraram 220 pegadas de duas especies do cretácito superior.

   O Parque Cretácito de Sucre é um imenso depósito lcalizado num penhasco de 80 metros de altura e 1.200 metros de largura. A primeira construção remonta a 1985. Entre 1994 e 1998 uma equipe de paleontólogos bolivianos, europeus e estadounidenses certificou a veracidade do sitio, incluindo pegadas de sáurios.

   COMO VISITAR

   Há três maneiras de visitar o Parque Cretácito: uma delas é usar o ônibus turístico que sai todos às manhãs e tardes do centro de Sucre - ao lado da catedral - e custa apenas 20 bolivianos (R$10,00); a outra é v acertar com um taxista para ir ao local, fazer a visita e garantir o retorno - custa em média 120 bolivianos R$60,00; e uma terceira é v acertar numa agência de turismo um tour à tarde incluindo o parque e outros sitios históricos da cidade - Convento de La Recoleta, mirador do Hotel Kolping, etc -, com guia particular, que custa 320  bolivianos - R$160,00 (passeio em torno de 4 horas).

   O ingresso no parque custa 30 bolivianos (R$15,00) por pessoa. Os nativos pagam 10 bolivianos (R$5,00). Ao chegar ao parque o turista é colocado numa sala de cinema onde é exibido um video mostrando a histórico desse periódo da era dos dinossauros. Em seguida, há uma visita guiada aos museus (externo e interno) do local com réplicas dos dinos. A guia vai explicando os hábitos de cada qual. Os carnívoros, os herbívoros, os aquáticos e assim por diante.

   Os que mais impressionam são o Titanossauro - o gigantesco animal de 36 metros de comprimento e 60 toneladas - e o esqueleto montado com peças originais do Carnotauros - na parte interna do museu.

   Depois dessa visita que dura em torno de 40 minutos vem a parte mais emocionante que é visitar as pegadas dos animais situadas numa parede de 25.000 metros quadros. Para isso, há um outro guia - fala espanhol ou inglês - que faz a caminhada com os turistas descendo uma trilha calçada - mas estreita - numa altura de 80 metros até chegar a base. Faz frio e usa-se também capacete de proteção.

   No decorrer da caminhada - descendo todo santo ajuda - o guia vai explicando como era a vida naquele período - há 60 milhões de anos - a vegetação, dos hábitos dos animais - até se chegar a base, bem próximo das pegadas. 

    Quem não gosta de altura não deve fazer essa caminhada. Quem também não tem preparo físico o melhor é ficar na parte do alto - onde há uma lanchonete e restaurante - só observando. A altitude é de 2.900 metros e o fôlego tem que ser dosado na hora da subida.

    No parque há uma infra de lanchonete, restaurante, banheiros, lojas de souvenires e assim por diante. 

    O guia explica que há 60 milhões de anos em Cal Urqu os dinossauros viviam nas proximidades de uma lago de pouca profundidade, de água doce, que se estendia da fronteira do Peru a Bolivia, chegando ao norte da Argentina.

    Com os ajustes das placas tectônicas, maremotos, terremotos, asteroides, etc, tudo desapareceu. Na Península de Yucatã, no México, por exemplo, os rios a flor da terra desapareceram e são subterrâneos.