Turismo

MÉXICO: 30 dicas de viagem para se conhecer esse país de rica cultura

Vale a pena conhecer o México: bom, barato e com belos locais para se conhecer
Tasso Franco , da redação em Salvador | 11/05/2014 às 11:16
Um mariachi na Praça Garibaldi em frente ao Museo da Tequila
Foto: BJÁ
DICAS DO MÉXICO

1. É aconselhável para quem vai fazer a primeira viagem ao México, com visita inicial na Cidade do México, que seja em excursão (visita guiada). Há dois roteiros básicos na direção Sul (Sitios Arqueológicos) até Cancún, Peninsula de Yucatan; e um outro rumo ao Norte, Monterrey, Acapulco, mais praieiro. A Ciudad do México é uma megalópole (26 milhões de habitantes), a cabeça da serpente do país (simbolo sagrado a serpente emplumada) e organize seu roteiro antes para não se perder. 

2. Na Cidade do México (o país tem o nome da capital, raro no mundo) é tudo muito longe (tipo São Paulo) com a vantagem de ter um extenso metrô que serve aos principais bairros. Bom, barato e seguro. Há outros meios de transporte populares (bus-rapid e troleibus). Se tiver com grupo de 4 pessoas ande de táxi. É barato e mais eficiente. Táxis são Nyssan, a maioria. Funciona como em Buenos Aires: milhares na cidade.

3. Ao pegar (coger como se diz em espanhol) um táxi verifique se há identificação do motorista no vidro lateral da porta direita. É obrigatório a plaqueta com nome do motorista, foto, etc. Se não tiver essa identificação recuse, pois, se trata de táxi clandestino e aí se corre algum perigo.  Corridas podem ser negociadas pois alguns táxis não têm taximetros. Nos hotéis, melhor pegar os táxis credenciados.

4. Um dos bons bairros para se hospedar é na Zona Rosa, área livre, descolada. Pode-se andar dia e noite pelas ruas numa boa. Se parece um pouco com a Zona Rosa de Bogotá, mas, bem mais animada. Há bares, discos, restaurantes, casas de shows, sexy-shops, uma muvuca. Tem bons hotéis nessa área. É comum, nesse bairro, mulher abraçada com mulher e homem com homem. Os hotéis da rede internacional estão nas grandes avenidas que dão no centro histórico.

5. Outros bairros legais para se hospedar são La Condesa, Roma e Coyoacán. Têm vida própria, galerias de arte, restaurantes, vida noturna, e pode-se andar dia e noite sem problemas de segurança, salvo um ou outro incidente. La Condesa é o mais chique. Coyoacán, mais histórico, boêmio. 

6. Lição básica que vale para qualquer cidade no exterior. Deixe seu passaporte no cofre segurança do hotel. Paga-se uma caução de 1.000 pesos para ter a chave (R$130,00) e recebe-se esse capilé de volta com a devolução da chave. Perder um passaporte no exterior é um problemão. Se perder a chave do cofre lá se foram seus 1.000 pesos.

7. Só troque pesos (moeda local) em bancos, lojas credenciadas e hotéis. Nada de trocar pesos com "marreteiros" e em bares e biroscas. Um real vale 6.7 a 7 pesos. Um dólar 12.4 a 12.7 pesos. Um euro, 17.9 pesos até 19 pesos. Em alguns pontos turisticos tem gente oferecendo compra de dólares. Pule fora. Nos hotéis, a cotação é menor.

8. Use o metrô da cidade. Custa R$1.30 para área 1, central e adjacências. Barato para padrão brasileiro. Tem mapas nas estações e é facil andar nele. Do centro pra Zona Rosa, um pulo, menos de 20 minutos. Boa parte do metrô é de superfície. No México tem terremotos e a Cidade do México foi construindo sobre uma laguna. Alguns prédios estão afundando e o metrô (na parte subterrânea) parece um encouraçado.

9. Em todos os hotéis há avisos nos corredores e elevadores que, em caso de temblores (terremotos) não use os elevadores e sim as escadas até chegar as ruas. Como sou azarado, na minha estada houve um terremoto no México, epicento a 70 km da capital. Ainda assim, tremeu os edificios em vários locais inclusive no nosso hotel. Não houve mortos e o bairro mais atingido foi o de Roma.

10. Se você tiver com saudade dos ônibus elétricos que rodavam em Salvador na Cidade Baixa, décadas de 1960/70, na Cidade do México todos funcionam e bem. Vale a pena um giro. A cidade é toda plana e o troleibus tem via expressa.

11. Um passeio no Tourtist-Bus, ônibus parecidos com os de Salvador (mesmo estilo com primeiro andar descoberto) e custa de R$25,00 por pessoa. O passeio demora 1 hora pela zona central da cidade.

12. A bebida típica do México é a Marguerita, um coquetel com tequila, limão, sal e um pouco de pimenta. Assemelha-se a caipirinha sendo que é batida. Em alguns bares e sitios, parece um sorvete. Tem de todo tipo: a tradicional (limão), tamarindo, morango, manga, etc. Varia entre R$7,00 a R$20,00 a depender do tamanho da taça. Em Cancún vende-se uma enorme, numa taça de plástico, a R$30,00.

13. A cerveja mexicana é apenas razoável. A melhor é a Corona (tipo long-neck). Outras bem vendidas são a Sol e a Índio (escura). Custa entre R$4,00 a R$7,00 dependendo do lugar. A internacional mais vendida é a Heineeken. Vende-se a Quilmes argentina e as brasileiras.

14. A comida é baratissimo para o padrão brasileiro, mesmo na Cidade do México. No interior é ainda mais barata. Um prato no Sambrosa, maior rede do México, custa R$15,00 e v pode repetir quantas vezes quiser. Um PF (tradicional Prato Feito) custa apenas R$5,00  e uma tortilla (o acarajé dos mexicanos) R$3,00.

15. O mexicano é cerrado (fechado) e não é de muita conversa. Os taxistas mentem horrores. De uma forma geral, o mexicano também chuta muito e acha seus locais os mais bonitos do mundo. Tudo "és muy importante", como dizem. Valorizam em excesso a cultura e os locais. Até a casa de Chaves é uma maravilha.

16. O (a) mexicano (a) tem estatura mediana a baixa, herança das culturas indigenas. Povo pouco miscigenado. Não há praticamente negros nem brancos. São amorenados, cabelos lisos, sempre escuros, mais de 90% da população com traços das heranças astecas, mayas, toltecas, etc. Nesse aspecto, a população se parece muito com a do Perú.

17. Não há gente bonita nos chamados padrões europeu e africano, muito menos essa miscigenação que se vê no Brasil. Muita gente ainda usa roupas nos padrões de herança da cultura indígena e o sombrero é uma peça quase obrigatória em alguns eventos.

18. Se você vai comprar um sombrero daqueles grandes como lembrança do país deixe para fazê-lo no retorno da viagem, no aeroporto. Carregar aquele chapelão durante a viagem é um transtorno. Nas lojas vê compra um deles por R$35,00 a R$40,00. No aeroporto, entre R$45,00 e R$50,00. 

19. Na Cidade do México tem programas que podem ser feitos de bicicleta. Há a EcoBice (tipo Salvador Bike) e um sistema que o turista se cadastra na hora com a carteira de identidade (ou passaporte) e usa gratuitamente. Há roteiros turisticos pagos. O mexicano usa muito mais bicis do que o brasileiro tanto no dia a dia, como no esporte.

20. Existem só na Cidade do México mais de 100 museus. Os mais famosos (Antropologia, Frida Kahlo, Diogo Rivera, Nacional, etc) têm filas imensas. As entradas custam entre R$10,00 e R$20,00. O de Frida Khalo com direito a fazer fotos (sem flash) custa R$30,00. O mexicano é tarado por museu.

21. Outros detalhes nos museus mexicanos: todos têm lojas de souvenires (com livros, revistas, objetos de todo tipo, etc) e salões variados. Para cada um deles há um preço. São muito profissionais nesse aspecto e nada é gratuito.

22. Na Cidade do México é recomendável visitar o centro histórico, a catedral, a Casa dos Azulejos, o Palácio Presidencial (por fora), as ruinas astecas, a Casa das Artes, a Igreja de São Francisco e o santuário monumental da Virgem de Guadalupe. Para se ver a imagem de Guadalupe não se pode parar e o turista (e a população) usa uma esteira rolante.

23. É quase uma visita obrigatória conhecer a Praça Garibaldi onde ficam casas de shows folclóricos, bares, o Museu da Tequila e os grupos de cantantes Mariachis. Esses seresteiros cobram 70 pesos (R$10,00) para cantar uma música especialmente para você. Bem, se v estiver com a namorada (ou a mulher) vale pelo menos duas músicas. O movimento maior é à noite e fica até o dia amanhecer nos finais de semana. Não se arrisque a andar (na madrugada) nas ruas transversais da Garibaldi.

24. Outra visita (quase) obrigatória é conhecer a catedral metropolitana, a primeira das américas. Hernan Cortés chegou ao México em 1519 e como todo espanhol católico mandou erguer a catedral que demorou mais uma centúria para ser concluida. Imensa, com muitas obras de arte. Fica no coração da cidade, ao lado do Palácio Presidencial.

25. Estando no centro vá almoçar na Casa dos Azulejos, um belíssimo monumento da colonização espanhola, com muitas obras de arte e que, hoje, funciona como restaurante e café.

26. Caso você vá visitar o Museu de Frida Khalo (a casona azul) saindo deste local vá conhecer o Mercado Popular de Coyoacán (duas quadras andando) e almoce no restaurante Tostados La Chaparita, tortilla de camarões. O mercado é uma festa. Parece o La Boqueria de Barcelona com a diferença que não vende bebida alcoólica. Em comensaçãoa tem muito artesanato e de qualidade.

27. O México tem um artesanato muito variado. Algumas peças, no entanto, são muito parecidas. Daí que, não se afobe querendo comprar tudo no primeiro lugar que você for. Tenha calma. Cada região tem sua cultura e o artesanato maya se diferencia do asteca, assim como as marcas de cada cidade. Em Cancún, as camisetas têm esse digito. Em San Cristobal, outra marca. 

28. O melhor lugar para se comprar as tradicionais camisas guayabera é em Mérida (cidade ao Sul do México, na Peninsula de Yucaán). Suas raízes estão na Cuba do Século XIX. São camisas com botões de cima abaixo, em algodão ou linho, com quatro bolsos e bordados ou pregas na frente. As de linho imperial são as mais caras: R$300,00 em média. As de algodão R$70,00 em média

29. Ir ao México é obrigatório visitar sitios arqueológicos da cultura pré-hispânica (astecas, mayas, toltecas, etc). Existem em várias partes do país e muitos deles têm boa infra-estrutura turistica. São espaços impressionantes, cada qual com suas histórias de sacrifícios para satisfazer os deuses, do sol, da lua, da serpente e assim por diante. O México vende bem essas culturas aos turistas.

30. Viajando para o Sul do México é indispensável conhecer San Cristobal de Las Casas (estado de Chiapas), Mérida (capital de Yucatan) e Cancún (estado de Quitana Roo). Cancún (ninho das serpentes) é um balneário à beira mar (Caribe mexicano), maravailha da natureza. Uma península com 23 km de praias onde só existem hotéis. Centro de turismo internacional.