Tecnologia

Facebook suspende conta de empresa trabalhou na campanha de Trump


Em 2015, a Cambridge Analytica declarou ter destruído as informações que recebeu, embora a rede social tenha sido informada “dias atrás” de que nem todos os dados foram deletados
Nara Franco , Rio de Janeiro | 18/03/2018 às 18:11
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O Facebook suspendeu a conta da Cambridge Analytica (CA), empresa britânica de análise de dados que trabalhou no campanha presidencial de Donald Trump em 2016. A alegação é de que a companhia manteve indevidamente em seus arquivos dados de usuários e mentiu ao informar que havia deletado as informações.

Em um post em seu blog a rede social explica sua decisão, embora a história seja controversa. Anos atrás, segundo o Facebook, a Cambridge Analytica recebeu dados de usuários de um aplicativo do Facebook que supostamente seriam utilizados em um estudo de análise comportamental. Aproximadamente 270 mil pessoas fizeram o download do aplicativo e compartilharam seus dados pessoais com essa fonte, acrescenta o Facebook.

Em 2015, a Cambridge Analytica declarou ter destruído as informações que recebeu, embora a rede social tenha sido informada “dias atrás” de que nem todos os dados foram deletados

Enquanto investiga o assunto, o Facebook também suspendeu o acesso da consultoria Strategic Communication Laboratories (SCL), dona da Cambridge Analytica; do criador do aplicativo em questão, o professor de psicologia da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan; e de Christopher Wylie, da Eunoia Technologies, que também teria recebido os dados.

Em comunicado, a Cambridge Analytica nega ter cometido qualquer violação. Segundo o porta-voz da companhia, Kogan foi contratado para realizar “um projeto de pesquisa em larga escala nos EUA”, mas posteriormente foi informada que ele teria obtido dados que violam as políticas do Facebook. Na sequência, a empresa afirma ter deletado todas as informações que recebeu de Kogan.

Para “evitar qualquer dúvida”, disse o porta-voz, nenhum dado da pesquisa de Kogan foi utilizado no trabalho da Cambridge Analytica durante as eleições norte-americanas em 2016.