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FUNDAÇÃO ODEBRECHT: Projeto capacita mais 300 jovens no Baixo Sul

Nessa turma, profissionais da OCT foram os educadores responsáveis pelas aulas, que têm como principal objetivo incentivar jovens rurais a se tornarem multiplicadores de práticas agrícolas
FO , Bahia | 02/03/2018 às 12:04
Multiplicadores de práticas agrícolas
Foto: FO
De fevereiro de 2017 até agora, 305 jovens agricultores foram capacitados pelo curso ‘Gestão de Propriedades Rurais de Base Familiar para Adaptação às Mudanças do Clima’, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) através do Projeto Germinar, em parceria com a Organização de Conservação da Terra (OCT). A formação, que está agora na 11ª e última turma, é dividida entre aulas teóricas, que acontecem no Núcleo Papuã, município de Ibirapitanga, Baixo Sul da Bahia, e práticas, nas propriedades dos estudantes inscritos. Ao final de 30 dias, os estudantes terminam com um certificado de conclusão e uma gama de aprendizados que vão levar para a vida toda.

Nessa turma, profissionais da OCT foram os educadores responsáveis pelas aulas, que têm como principal objetivo incentivar jovens rurais a se tornarem multiplicadores de práticas agrícolas conservacionistas e gestão sustentável de propriedades de base familiar. Para o engenheiro agrônomo José Eduardo Mamédio, Coordenador de Projetos da OCT e professor / coordenador das turmas, os resultados foram maiores do que o esperado. “Esse curso é uma oportunidade para a gente ampliar e consolidar o que a OCT já vem fazendo no Baixo Sul. Acreditávamos que com técnicas agroecológicas podíamos mudar a vida das pessoas. Vimos muitos jovens saindo daqui mais motivados e inspirados a continuar no campo. Valeu muito a pena”, concluiu.

Joilson da Silva, da comunidade Fazenda Barra do Areal, em Wenceslau Guimarães, Bahia, está entre os 35 jovens inscritos nessa última turma. Na primeira etapa da capacitação, a teórica, ele aprendeu que usar agrotóxicos, além de agredir o meio ambiente, não garante uma produção maior. “Esse curso foi muito significativo para mim, porque eu produzo cacau e graviola, sempre com produtos químicos. Mas já estava percebendo que a minha área não estava tendo muita produtividade. Aqui, aprendi como produzir com manejos orgânicos, com sustentabilidade. Com certeza vou aplicar essa técnica com o meu pai, na nossa roça”, conta