Tecnologia

Facebook anuncia mudanças: feed usuários prioriza interações sociais

A mudança provavelmente significará que o tempo que as pessoas gastam no Facebook e algumas medidas de engajamento vão cair no curto prazo
Nara Franco , Rio | 13/01/2018 às 08:11
Mark Zuckerberg, disse ser uma série de mudanças no design da maior rede social do mundo
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O Facebook começou a mudar a forma como filtra mensagens e vídeos no News Feed, dando início ao que o presidente-executivo da marca, Mark Zuckerberg, disse ser uma série de mudanças no design da maior rede social do mundo.

Zuckerberg, em uma abrangente mensagem no Facebook, informou que a empresa vai mudar o filtro do News Feed para priorizar o que os amigos e a família compartilham, reduzindo a quantidade de conteúdo não publicitário de publicações e marcas.

O Facebook tem priorizado o material que seus complexos algoritmos de computador pensam que as pessoas vão se envolver com comentários, “curtir” ou outras formas de mostrar interesse. Mas essa lógica está com os dias contados. 

“Estou mudando o objetivo que eu atribui a nossas equipes de produtos para que deixem de se concentrar em ajudá-lo a encontrar conteúdo relevante para ajudar você a ter interações sociais mais significativas”, escreveu Zuckerberg.

A mudança provavelmente significará que o tempo que as pessoas gastam no Facebook e algumas medidas de engajamento vão cair no curto prazo, disse o cofundador, acrescentando que a mudança será melhor para os usuários e para o negócio no longo prazo.

O Facebook foi criticado por ter priorizado informações enganosas e desinformação nos feeds das pessoas, influenciando as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016, bem como o discurso político em muitos países.

“Nós sentimos uma responsabilidade para garantir que nossos serviços não sejam apenas divertidos de usar, mas também sejam bons para o bem-estar das pessoas”, escreveu Zuckerberg. Com mais de 2 bilhões de usuários mensais, o Facebook é a maior rede social do mundo. É também uma das maiores empresas do mundo, com receita de 36 bilhões de dólares, principalmente de publicidade, nos 12 meses encerrados em 30 de setembro.

Mudança de conteúdo não publicitário produzido por empresas é um golpe potencialmente grave para as organizações de notícias, muitas das quais usam o Facebook para atrair leitores, mas Zuckerberg disse que muitos desses posts não são saudáveis.

“Algumas notícias ajudam a iniciar conversas em questões importantes. Mas muitas vezes hoje, assistir a vídeos, ler notícias ou obter uma atualização de página é apenas uma experiência passiva”, escreveu ele.