Colunistas / Política
Tasso Franco

A POLÊMICA SUBSTITUIÇÃO DE FÁBIO VILAS BOAS E A EXCELÊNCIA BAIANA (TF)

Temos excelências no esporte e não na saúde? Que conversa é essa
10/08/2021 às 19:01
    A notícia na coluna Satélite (Correio, Jairo Costa Júnior) dando conta de que a escolha do novo secretário de Saúde do Estado caberá a uma indicação do senador Jaques Wagner, presumível candidato a governador do estado, em 2022, e que o nome deverá ser de fora da Bahia (preferencialmente) e entendendo que deverá ser um técnico sem pretensões políticas, capaz de seguir adiante caso Wagner seja realmente candidato e eleito, representa uma desconsideração com os profissionais de saúde da bahia, em especial, a subsecretária Tereza Paim.

  Ora, recenemente, o governador enalteceu o brio de baianos e nordestinos na Olimpíada de Tóquio e tem dito, ainda quando Fábio Vilas Boas era secretário, uma escolha pessoal de Rui, que a Bahia tinha uma equipe de alta performance na saúde pública, uma referência, com um programa instalado no estado de excelência em hospitais e policlinicas regionais. E, de fato, justiça se faça, falava a verdade.

   A saída de Fábio Vilas Boas sabemos todos se deu por um deslize que não está relacionado com a sua atução na pasta e é do conhecimento público. O trabalho que vinha desenvolvendo - já falamos isso aqui - era meritório e é relevante porque não se desfez tendo uma continuidade com o pessoal da Bahia. Então, é de se supor, que existem profissionais da saúde competentes no estado e não precisa o governo buscar um técnico de fora. 

   Vocês devem estar lembrados de uma secretária que veio para a Bahia no governo Wagner como uma sumidade e era uma técnica normal. É claro que a escolha cabe ao governador Rui e ele tem a prioridade de escolher quem quiser, mas, observando o que foi dito em Satélite, coluna que tem primado pela respeitabilidade, ainda que caiba a Wagner escolher o secretário (outra decisão que é de foro intimo do governador) a Bahia tem nomes capazes de gerenciar a pasta. 

   No próprio governo Wagner, o gestor desta pasta foi conquistentese Jorge Solla e saiu-se bem, embora tenha se tornado deputado federal, o que também é de direito, não foi o único e nem será no campo da saúde. Também é só lembrar, rapidamente, que Ubaldo Dantas e Ursicino Queiroz foram secretários de Saúde do Estado.