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Tasso Franco

IBOPE APONTA VANTAGEM DE NETO, MAS ELEIÇÃO NÃO ESTÁ DEFINIDA

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21/10/2012 às 10:29
A pesquisa Ibope divulgada nesta noite de sexta-feira, 19, pela TV Bahia com ACM Neto pontuando 54% dos votos válidos e Nelson Pelegrino com 46% não significa que a eleição já esteja definida. É só lembrar que, no primeiro turno, o mesmo Ibope colocou Pelegrino à frente de ACM Neto com 9% e chegou a divulgr uma boca-de-urna com folgada vitória do candidato petista.

   Quando as urnas foram abertas Neto teve uma pequena margem de vitória para Pelegrino com pouco mais de 5.000 votos. Agora, o Ibope coloca na sacola eleitoral de Neto algo em torno de 100.000 votos à frente de Pelegrino. Como ainda faltam 8 dias para as eleições e somente agora a presidente Dilma fez seu comício em Salvador, e ainda anuncia-se Lula para a próxima semana, o resultado final ainda está em aberto.

   Evidente que, desta feita, pelo menos do ponto de vista psicológico, do astral da campanha, Neto leva uma vnatagem enorme e Pelegrino se abaterá um pouco diante dessa nova evidência. Também é de se dizer que, se o Ibope errar pela segunda vez, pode fechar o instituto pelo menos aqui na Bahia.

O que se depreende dessa diferença favorável a Neto é que a cidade do Salvador está reticente em relação a um candidato do PT, já com alguma fatida de materiais em sua 4ª tentativa para eleger-se prefeito, ao contrário, por exemplo, do que acontece em SP onde o ex-presidente Lula colocou um sangue novo (Fernando Haddad) para competir com um sangue velho (José Serra) e está com o pleito praticamente garantido, segundo o Ibope, com uma frente de 17%.

   Também se torna óbvio que, dada a experiência de ACM Neto o candidato do DEM não vai dormir nos louros e festejar resultados antecipados, diminuindo seu ritmo de campanha. Pelo contrário, ao que se sabe, manterá a campanha bem aquecida, uma ação vigorosa no dia da eleição, trabalhando até o último instante, e ainda tendo a seu favor mais 3 debates televisivos, quando, normalmente, Pelegrino não se sai bem.

   Pelo que também podemos perceber o efeito Lula/Dilma nesta campanha não estaria surtindo resultados como aconteceram no passado com Lula, certamente porque há o governo Wagner no caminho, mal avaliado pela população da capital, e isso se torna um empecilho de crescimento a Pelegrino.