Colunistas / Política
Tasso Franco

AS DIFERENTES MISSÕES DE CADA CANDIDATO EM SALVADOR

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29/06/2012 às 10:01
MIUDINHAS GLOBAIS:

  1. Sábado, 30, é o dia D para fechamento das convenções para eleições municipais. Na capital, fechadas as chapas do DEM com PV, ACM Neto e Célia Sacramento; PT com PCdoB, Pelegrino e Olívia Santana; PMDB "puro-sangue", Mário Kértész-Nestor Neto; PRB com PSL, deputado Márcio Marinho com deputado Deraldo Damasceno; PSOL e PSTU, com professor Hamilton de Assis e a enfermeira Nise Santos.

  2. Uma pena que não tenha vingado a candidatura da deputada Alice Portugal, PCdoB, até para testar a capacidade do partido e a densidade eleitoral de Alice, sua vibração. A princípio, o PCdoB perde bastante junto ao seu eleitorado, ainda que a vereadora Olivia Santana venha ser a vice de Pelegrino. Todo mundo sabe no meio político que o PT não dá encosto e Olivia terá apenas um papel coadjuvante, mesmo em caso de vitória. Se perder, o baque será maior.

  3. Recompor isso em 2014, nem pensar porque a senadora Lidice da Mata, PSB, está um passo à frente. Em 2016, ninguém vai acreditar mais na palavra do PCdoB. Nesse aspecto, quem se firma junto à mida e o eleitorado é o deputado Márcio Marinho, do PRB, que vai levar sua candidatura até o final e fechou uma aliança com o deputado Deraldo Damasceno, PSL, o mais bem votado no Subúrbio de Salvador.

  4. Ou seja, Marinho pode ampliar muito sua votação aliando os votos dos evangélicos a IURD e outros, à popularidade do delegado Damasceno. Sei de candidatos a vereadores no Subúrbio, os quais mesmo filiados a outros partidos e ligados a outras coligações, vão marchar com a dupla Marinho e Damasceno. Isso porque, no subúrbio a população não vota pelo partido e sim pelas pessoas, pelos benefícios.

  5. Disse-me um desses candidatos: "Como vou votar num candidato se aqui no subúrbio o governo fechou escolas, fechou posto de saúde e criou uma UPA que não atende a todos e aumento o preço da água". Nesse campo, a campanha está sem um JH, um candidato que defenda a popualção, o consumidor, papel que João fez muito bem, em 2004.

   6. Lamentável, também, a desistência muda de Imbassahy. Era de se esperar uma atitide mais firme do deputado e ex-prefeitos. Seus eleitores estão órfãos, perdidos na multidão, e, salvo melhor juizo deverão mesmo se ancorarem em Neto. Paciência. Vai sofrer muito o PSDB, em 2014. 

   7. Por enquanto, estamos nas preliminares. A campanha propriamente dita começa a partir de 7 de julho, nas ruas e com propostas mais definitivas na TV, em agosto. O grande desafio fica como MK, do PMDB, com a missão de quebrar a polarização que se afigura entre ACM Neto x Pelegrino. Os sinais do PMDB, pelo menos expostos em declarações dos seus politicos, é de que o alvo inicial será Neto.
 
   8. Mas, tudo dependerá das pesquisas e das análises internas de cada partido. Uma coisa parece consensual, pelo menos hoje, se MK conseguir quebrar a polarização e Marinho crescer a eleição vai para o segundo turno. Caso contrário, pode ser decidida no primeiro turno. Nesse miolo, em Miami ou lá onde anda, o prefeito JH tem seu papel. Ninguém subestime.