Colunistas / Política
Tasso Franco

DEP FÉLIX JR NÃO TEM DENSIDADE ELEITORAL PARA SER CANDIDATO A PREFEITO

Este pode ser o nome do PDT
11/06/2012 às 11:04
1. Embora o deputado Nelson Pelegrino (PT) tenha dito durante a convenção do PDT, em Salvador, neste domingo, que este partido está mais afinado ideologicamente com o PT do que com outra agremiação, os "brizolistas" decidiram delegar às executivas municipal e estadual a decisão partidária por uma candidatura própria às eleições municipais de Salvador. Pode ser que isso não aconteça, mas, o sentimento que passou foi este.

   2. E, nesse processo, o que já vinha sendo gestado há algum tempo, o nome do deputado Félix Mendonça Jr surgiu como provável candidato a prefeito, carimbado com as correntes majoritárias internas no PDT, de Carlos Lupi e Alexandre Brust. Aquela idéia inicial de uma provável candidatura do deputado Marcos Medrado, a vice de Pelegrino, ao que se configura, teria ido para o ralo.

   3. A questão é que, se a candidatura de Félix Jr prosperar, o PDT parte para uma opção sui-generis em Salvador, uma vez que este deputado, noviço na Câmara dos Deputados e com uma atuação discreta, sem qualquer espaço na midia de massa, pelo menos até agora, não tem densidade eleitoral na capital para enfrentar os nomes postos até agora, Nelson Pelegrino, ACM Neto, Alice Portugal, MK, Márcio Marinho e outros.

  4. Uma candidatura de Félix Jr ajudaria os candidatos a vereadores? Em tese, sim, porque passa-se a ter um palanque pelo menos eletrônico e um candidato a descer as baixadas dos bairros. Mas, como Félix Jr é desconhecido da massa, há dúvidas de que uma candidatura dessa natureza possa ajudar os candidatos a vereadores, até porque, na conta que se faz, o PDT faria apenas 2, e são nomes já bastante conhecidos, Gilberto José e Odiosvaldo Vigas.

  5. O ideal, portanto, é que o PDT coligar na proporcional ainda que vingue a candidatura Félix Jr.

   6. Um outro ponto-de-vista, pelo menos psicologicamente falando e de imediato, foi uma perda para Pelegrino na medida em que se tinha, senão certo, mas, bem ajustada uma aliança do PDT no apoio ao candidato do PT, tratativas que vinham sendo organizadas nos bastidores por Marcos Medrado e pelo pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo.

   7. Ainda assim, não representa o pior dos mundos para Nelson Pelegrino, pois, hoje, sabe-se que a densidade eleitoral de Marcos Medrado não é a mesma de tempos idos, especialmente de 1996, quando foi vice-de Imbassahy e ajudou à sua eleição no primeiro turno. Agora, nem sonhar nessa hipótese. Poderia até ajudar, porém, nada que apontasse para uma vitória num provável primeiro turno.

   8. O PDT, de toda sorte, colocou mais pimenta na sucessão municipal de Salvador.
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