Saúde

Fisioterapeuta do HGRS apresenta escala para predição de quedas

Parkinson – Fisioterapeuta do HGRS apresenta escala para predição de quedas em congresso de geriatria

ASCOM HGRS , Salvador | 15/07/2019 às 17:22
Fisioterapeuta do HGRS apresenta escala para predição de quedas
Foto: divulgação
Fisioterapeuta responsável pelo Ambulatório de Transtornos do Movimento e Doença de Parkinson do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, Lorena Rosa Almeida representou a instituição no 10º Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia. A profissional participou do evento, em 5 de julho, como palestrante e relatou as experiências no maior hospital público da Bahia.
De acordo com Lorena, a abordagem sobre instabilidade postural e quedas em pessoas com Parkinson foi importante para mostrar como são incorporadas as evidências científicas na prática clínica do ambulatório de doença de Parkinson do HGRS. “Falei também sobre as escalas para predição de quedas recorrentes em pessoas com Parkinson, que foram desenvolvidas no meu doutorado, e, agora, estamos realizando uma pesquisa para validação no ambulatório do [hospital] Roberto Santos”, conta.
A fisioterapeuta acrescenta que cerca de 150 pacientes foram avaliados em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e já foi finalizada a entrada deles na coorte. Agora, estão sendo acompanhados durante um ano para registrar a ocorrência de quedas.
“Estamos realizando pesquisa no ambulatório para validação externa de duas escalas para predição de quedas recorrentes em pessoas com Parkinson. Na avaliação inicial, chamada de entrada na coorte, os participantes são avaliados com uma bateria de testes clínicos e funcionais, o que nos permite determinar, por exemplo, a gravidade da doença de Parkinson, a presença de algumas complicações da doença e o grau de comprometimento funcional, do equilíbrio e da marcha”, detalha Lorena Almeida.
Ela completa que “após essa avaliação inicial, todos os indivíduos são acompanhados durante um ano, através de ligações mensais e nos retornos para as consultas no ambulatório, para verificar a ocorrência de quedas. Em posse dessas informações, conseguimos determinar os fatores de risco para quedas. No caso específico dessa pesquisa, preenchemos as escalas indicando a presença ou não de determinados fatores de risco e classificaremos os indivíduos como tendo baixo, moderado ou alto risco de quedas recorrentes no período de um ano”.
A classificação por categoria de risco guiará a tomada de decisão clínica, inserindo, de imediato, em programas de prevenção de quedas aqueles indivíduos que apresentem alto risco de quedas, por exemplo. É o que adianta a profissional do Hospital Geral Roberto Santos.
Além do destaque no congresso promovido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Seção Bahia, uma das escalas desenvolvidas por Lorena foi citada no último Congresso Mundial de Parkinson (World Parkinson Congress), que ocorreu em Kyoto, no mês de junho. “Uma grande pesquisadora da área disse estar aguardando os resultados desse estudo atual para ver se, realmente, podemos inseri-la na prática clínica”, comemora a fisioterapeuta baiana.