Política

Hilton Coelho fala sobre flexibilização das atividades em Salvador

O deputado afirmou que "a vida está acima dos lucros"
Ascom Hilton Coelho , Salvador | 09/07/2020 às 11:29
Deputado Hilton Coelho
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A respeito da entrevista coletiva conjunta concedida na terça-feira (7), pelo governador Rui Costa e o prefeito de Salvador ACM Neto, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) afirmou que “a vida está acima dos lucros. A reabertura dos shoppings centers e templos religiosos, que estão na primeira fase do projeto, devem ser muito bem estudadas para que se evite um aumento de casos em Salvador e na Bahia em geral”.

 

Hilton Coelho considera “a reabertura com curva crescente de casos confirmados e de mortes, aliados à baixa testagem, pode significar um retrocesso a se lamentar. Não podemos condenar a população ao adoecimento e morte pensando apenas nos negócios e lucros. Sem vacinas, alternativas farmacológicas efetivas e seguras, o isolamento social, testagem em massa, identificação de casos, tratamento, isolamento de contatos e políticas sociais que garantam a sobrevivência das pessoas em isolamento são as únicas possibilidades. Flexibilizar isolamento em curva ascendente é condenar os mais vulneráveis ao adoecimento e possível morte”.

 

O parlamentar contesta quem chama a Covid-19 de uma doença “democrática porque atinge a todos de forma indistinta. Em crises como essa, a população mais pobre e desprovida de direitos fica ainda mais exposta aos riscos de contaminação e de morte. Nossas ocupações e periferia apresentam grande aglomeração de pessoas, falta de saneamento e uma população que historicamente é abandonada pelo poder público. Por mais esforços que o serviço público de saúde, o SUS, faça, é evidente que esta população será a que mais apresentará casos de mortes”.

 

Hilton Coelho conclui afirmando que “os governos estadual e municipal devem investir em ações de solidariedade, seja através de iniciativas de assistência à população mais pobre, seja na luta em defesa dos serviços públicos, do SUS e da priorização da vida. A pandemia escancarou que não há garantia de direitos sem serviços públicos e forte presença do Estado. O sucateamento do SUS e a ausência de investimentos na saúde pública cobram agora a fatura. Mais do que nunca a defesa do SUS é uma prioridade, uma necessidade e uma urgência que se impõem. Não há como fingir normalidade realizando um jogo matemático entre a ocupação de leitos de UTI. Toda vida importa muito mais que os lucros”.