Política

Suíca pede ao MP-BA que apure agressões e destitua comando da GCM

Hilton Coelho quer que Governo do Estado esclareça se vai fechar Colégio Luiz Viana
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 18/09/2018 às 18:52
Luiz Carlos Suíca e Hilton Coelho
Foto: LB

O vereador Luiz Carlos Suíca (PT) entrou com uma representação no Ministério Público da Bahia contra a Guarda Civil Municipal (GCM) pelas agressões contra o motoboy Marcos Cardoso dos Santos no dia 11 passado. O petista pede rigor na investigação do caso e a destituição do comando da instituição.

De acordo com o parlamentar, a GCM, desde sua criação, a GCM vem recebendo incontáveis críticas, como denúncias de homicídio, agressão a garis e ao vereador Toinho Carolino (Podemos).

“A guarda serve para preservar os equipamentos públicos e para reforçar a segurança da população, não para agir com poder de polícia. Os casos de abuso de autoridade cometidos por agentes da GCM têm acumulado nos últimos anos, situação que vem causando preocupação à maioria dos soteropolitanos”, defende.

Marcos foi agredido durante a abordagem em uma blitz, que ocorreu no Caminho das Árvores. Mesmo com os agentes afastados, Suíca deseja que o MP instaure Ação Civil Pública para apurar os inúmeros casos de abuso de autoridade.

No pedido, o edil solicita uma intervenção, destituindo o comando da corporação e demais providências cabíveis e previstas em lei. “A agressão foi filmada e disponibilizada em diversos meios de comunicação e redes sociais. É possível ver o momento em que um dos agentes defere um soco no rosto do motociclista. Isso é um absurdo, não tem como aceitar uma situação dessa”, declara.

Fechamento de colégio

Já Hilton Coelho (Psol) dirigiu ofício ao secretário de Educação da Bahia, Walter Pinheiro, a respeito de rumores sobre mudança do funcionamento do Colégio Estadual Luiz Viana, localizado em Brotas, ou até mesmo do seu fechamento. As informações que circulam na comunidade escolar dão conta de que os estudantes do ensino médio e da educação de jovens e adultos serão transferidos para o Colégio Manoel Vitorino, situado ao lado.

“Estudei com muito orgulho e guardo excelentes lembranças do Colégio Luiz Viana. O mínimo que se espera é que quaisquer mudanças sejam discutidas com os principais interessados, a comunidade escolar e a população que utiliza a escola”, registrou o psolista.

Entre outros questionamentos, ele aponta que o outro estabelecimento não possui a mesma estrutura física, como quadra poliesportiva, salas ambientes, auditório espaçoso “e outros atributos que fazem do Colégio Luiz Viana um dos mais admirados, do ponto de vista da estrutura e qualidade de ensino, no Estado”.

Para o legislador, o governo tem a obrigação de esclarecer as dúvidas, inclusive se a expectativa é de fato fechar a unidade de ensino: “A destinação da extensa área do Colégio Luiz Viana para educação profissional, que todos sabemos manter poucos estudantes e, ao final do ano letivo, há um esvaziamento ainda maior, só se explica se houver uma estratégia da SEC em promover o fechamento da unidade, o que é inaceitável”. Em sua opinião, o secretário, que é ex-sindicalista, vereador e senador, “deveria defender sempre a participação popular e não decisões por cima com viés autoritário”.