Será na próxima quarta-feira, 25, mais uma edição do Prêmio Maria Felipa, dedicado a mulheres negras que exercem funções destacadas na luta contra o preconceito e em prol da autoafirmação. O evento, organizado pelo mandato da vereadora Ireuda Silva (PRB), vice-presidente da Comissão da Reparação, acontecerá às 18 horas, no Plenário Cosme de Farias.

A data é também o Dia da Mulher Negra, em nível nacional e internacional latino americana e caribenha. No ano passado, foram premiadas personalidades como as cantoras Margareth Menezes e Virgínia Rodrigues, a esteticista Negra Jhô, a estilista Najara Black, a líder comunitária Rose Meire dos Santos Silva e a pugilista Adriana Araújo.

Neste ano serão distinguidas 19 mulheres, entre as quais estão a promotora Lívia Vaz, do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação do Ministério Público; a jornalista Rita Batista; a vereadora Marta Rodrigues (PT); Dona Ana Freire, uma das primeiras obreiras da Igreja Universal; Carol Machado, coordenadora do movimento Novas Felipas; e Silvana Saraiva, produtora da Feafro.

“Homenagear mulheres que se destacam na luta contra o preconceito é o mínimo que podemos fazer para reafirmar o nosso posicionamento, lembrar que somos peças fundamentais da história do Brasil e da Bahia e que não desistiremos de buscar melhorar nossas vidas”, afirma Ireuda.

Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Em 1823, ela lutou pela Independência da Bahia ao lado de Maria Quitéria e Joana Angélica

Audiência sobre artesanato

Também na próxima semana, na segunda-feira, 23, a CMS promoverá, a partir das 14 horas, uma audiência pública para debater os desafios do setor de artesanato na Bahia. O encontro, requerido pelo emedebista Felipe Lucas, será realizado no auditório do Centro de Cultura.

“A intenção é colocar frente a frente representantes do Poder Público e os artesãos. Eles necessitam de espaços para expor e comercializar a sua arte. No Mercado Modelo, por exemplo, a grande maioria dos produtos é proveniente de outros estados”, diz o edil.

De acordo com o Sebrae Bahia, somente na Região Metropolitana de Salvador (RMS), mais de 500 artesãos são formalizados. Em toda a Bahia são mais de 11 mil profissionais, que ajudam a movimentar cerca de R$ 2 milhões por ano.

Lucas destaca a riqueza no trabalho dos artesãos baianos, mas ressalta a necessidade de criação de mecanismos para exposição e venda dos produtos, além de opções de financiamento e capacitação: “Esse ofício milenar é responsável pelo sustento de milhares de famílias na Bahia. São artesãos que precisam de incentivo para driblar a burocracia e falta de apoio”.

Dentre os convidados para o evento estão o prefeito ACM Neto; o vice-prefeito Bruno Reis; o superintendente do Banco do Nordeste na Bahia, Antônio Jorge Pontes Guimarães Júnior; e o superintendente do Sebrae na Bahia, Jorge Khoury, além de representantes de associações de artesãos.