Política

PRISCO cobra da Mesa da ALBA apoio para livrá-lo de prisão domiciliar

Advogados de Prisco já recorreram da decisão do TRF de Brasília
Tasso Franco , da redação em Salvador | 22/02/2017 às 10:12
Deputado Sd Prisco diz que a Bahia tem um governo ditatorial
Foto: BJÁ
  O Sd PM e deputado estadual Prisco (PPS) fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa na última terça-feira, 21, apelando à Mesa Diretora da Casa para que interceda ou promova ações junto ao Poder Judiciário para livrá-lo da prisão domiciliar a que esta submetido há pouco mais de dois meses. 

   A prisão foi determinada por um desembargador do TRF depois que o MPF entrou com uma ação revelando que o deputado participara de assembleias da Associação de Soldados da PM ato que infringe determinação judicial desde que foi preso durante a última greve da PM.

   Prisco disse na Assembleia que o governo da Bahia é ditatorial, não cumpriu o acordo assinado com os PMS em 2014 e foram os agentes da SSP que municiaram com informações sobre sua presença em assembleias, daí resultadndo em sua prisão domiciliar. 

   "Essa é uma aberração. Vivemos uma ditadura na Bahia e não posso sequer exercer meu direito constitucional como deputado de conversar com os PMs, cobrar do governo acordo que não foi cumprido", frisou.

   O parlamentar destacou ainda que a Mesa Diretora da Assembleia precisa agir em sua defesa, "porque amanhã, o que está acontecendo comingo pode acontecer com qualquer deputado". Os advogados de Prisco já entraram com recurso para anular a decisão do TRF que estava em recesso e só agora voltou a ter sessões . 

   Por fim, na tribuna da Assembleia, Prisco disse que "ninguém conseguirá calar minha voz. A não ser que me matem".

EDNTENDA O CASO
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     O desembargador federal Henrique Gouveia da Cunha, relator convocado do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, determinou novas medidas cautelares contra o deputado estadual soldado Prisco (PPS). Prisco comandou três assembleias militares em 2016.

   A Procuradoria Geral da União solicitou, ainda, a prisão preventiva do parlamentar, mas o pedido foi negado. “Trata-se de um ato político. O desembargador foi convocado apenas para julgar o pedido da PGU. Quer dizer, então, que não tenho direito de me manifestar, de dialogar com a tropa, fazer assembleia, direito previsto na Constituição Federal, de exercer meu papel de parlamentar e ouvir os policiais?

   O governo do PT descumpre o acordo firmado, não dialoga com a categoria e quando tomamos a iniciativa de discutir com a tropa, utiliza-se da sua força política para pedir a minha prisão? Vivemos em meio à ditadura ou em um estado democrático de direito?”, questiona o deputado estadual soldado Prisco. 

   A decisão do dia 16 de dezembro deste ano chegou ao conhecimento do parlamentar na manhã desta quinta-feira (22), quando foi notificado por Oficial de Justiça em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA).

   Entre as medidas cautelares estão: a) “Recolhimento domiciliar no período noturno (entre 18 horas e 6 horas) e nos dias de folga e a atividade termine às 18 horas, o réu poderá concluir suas atividades parlamentares, recolhendo-se imediatamente na sequência; b) proibição de ausentar-se da Comarca de Salvador/Ba sem autorização judicial; c) afastamento da Diretoria da Aspra ou qualquer outra Associação de Policiais Militares que porventura faça parte; d) proibição de frequência ou acesso a quartéis ou outros estabelecimentos militares, bem como à Aspra ou qualquer ou outra Associação de Policiais Militares; e) proibição de manter contato com Diretores da Aspra ou qualquer outra Associação de Policiais Militares; f) proibição de participar de assembleia/movimento promovido pela Aspra ou qualquer outra Associação de Policiais Militares; g) monitoração eletrônica.