Apenas mais uma voz se levantou na Câmara de Salvador contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, decidido nesta quarta-feira, 31, no Senado Federal. Desta vez o protesto veio da líder petista, vereadora Vânia Galvão, considerando que o afastamento da mandatária representa um “retrocesso no país, um baque em toda a população brasileira; golpearam a democracia, mas permaneceremos firmes na luta pelos direitos sociais e empoderamento feminino".
Em sua opinião o processo significou desrespeito à cidadania e ao voto do povo brasileiro: “Ela foi eleita com 54,5 milhões de votos, a maioria absoluta da população que a escolheu confiando em seu projeto, em sua dignidade e capacidade de administrar o país”.
Ela reitera ter havido uma manifestação “de uma facção criminosa e cínica, constituída por políticos corruptos que temiam a cassação por conta da limpeza que Dilma estava fazendo no cenário nacional”. E aponta também para a falência do sistema jurídico e de órgãos de fiscalização nacional e de segmentos de mídia: “Não é apenas uma crise política, mas também do poder judiciário e da ética da comunicação, especialmente de segmentos de mídia que conspiraram contra ela”.
A seu ver o afastamento de Dilma pode reforçar práticas administrativas autoritárias nos municípios brasileiros: “A exemplo de Salvador, se já sofremos com a intolerância, arrogância e inversão de prioridades do prefeito ACM Neto, a voz do golpe na Bahia, na hipótese de sua reeleição, certamente sofreremos ainda mais com sua política segregadora e desumana”.