Política

Câmara de SSA aprova Viva Cultura e mais 88 propostas dos vereadores

Edvaldo Brito se absteve e a oposição votou com resalvas o Viva Cultura
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 30/08/2016 às 18:14
Projetos foram aprovados com relativa tranquilidade
Foto: Antonio Queirós

A criação do Programa de Incentivo à Cultura – Viva Cultura e mais 88 projetos de lei, requerimentos, indicações e moções foram aprovados pela Câmara de Salvador na tarde desta  terça-feira, 30. Apenas o vereador Edvaldo Brito (PSD) se absteve de votar na proposta do Executivo por discordar de seu formato.

Além disso, o líder da oposição, Sílvio Humberto (PSB), disse estar aprovando com ressalvas, pois o regime de urgência impediu que a matéria tramitasse com a devida atenção nas comissões de Constituição, Justiça e Redação Final; Finanças, Orçamento e Fiscalização; e Educação, Cultura, Esporte e Lazer.

Já líder governista Joceval Rodrigues (PPS) considerou o Viva Cultura como “importante para embasar a cultura em diversos setores da cidade, principalmente nos diversos seguimentos religiosos”.

Mujica soteropolitano

Entre as propostas acatadas pelo plenário está a concessão do título de Cidadão de Salvador ao ex-presidente do Uruguai e atualmente senador José “Pepe” Mujica, por iniciativa do ex-governador Waldir Pires (PT). Para ele Mujica honra seu país e toda a América Latina, sendo “um exemplo de homem e de político para todos nós”.

O petista destacou a rica trajetória política do homenageado e seu importante papel na resistência à ditadura militar de seu país, entre 1973 e 1985. “Em defesa da democracia e da liberdade, o jovem libertário José Mujica chegou a pegar em armas, integrando os ‘Tupamaros’. Isso lhe custou 14 anos na prisão, de onde só saiu com o fim do período ditatorial”, relembra.

Com a redemocratização uruguaia foi eleito deputado, senador, nomeado ministro de Estado, e eleito Presidente da República, tendo exercido o cargo com rara competência e sabedoria, focando sua administração, sobretudo, na erradicação da miséria, na redução da pobreza e na valorização e promoção da educação.

Plano do Livro

Também nesta terça-feira, pela manhã, a CMS realizou, no auditório de seu Centro de Cultura, o 3º Encontro de Debate do Plano Municipal do Livro, Leitura e da Biblioteca (PMLLB). O evento, organizado pela Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, foi mediado por Sílvio Humberto e contou com as presenças de Hilton Coelho (PSOL) e Gilmar Santiago (PT).

No encontro, foi discutido pontos do Decreto nº 24.590/2013, relacionado ao Plano Municipal do Livro, Leitura, e da Biblioteca. Segundo Ana Carneiro, coordenadora da biblioteca comunitária do bairro de Sete de Abril, uma das principais reivindicações para o plano é a transformação do decreto em lei “para garantir que o que foi estabelecido não seja derrubado numa próxima gestão municipal”.

A outra reivindicação é a criação de um fundo orçamentário de recursos para a realização das metas previstas no PMLLB e a manutenção de bibliotecas comunitárias existentes.

Compareceram ainda a vice-prefeita Célia Sacramento; Maria Gorete, freira e coordenadora da Biblioteca Toque Literário; Ana Carneiro, coordenadora da biblioteca comunitária de Sete de Abril, que compõe a Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador; Lourdes de Fátima, presidente do Conselho Diretor do PMLLB e Lidia Farias, bibliotecária e representante da Fundação Gregório de Mattos.