Política

ASSEMBLEIA vai sediar Memorial da Conjuração Baiana e tomba documentos

Solenidade aconteceu nesta terça-feira, 30 de agosto
Tasso Franco , da redação em Salvador | 30/08/2016 às 17:10
Solenidade no Salão Nobre da Casa, com presença do presidente Marcelo Nilo
Foto: BJÁ
   Em solenidade no Salão Nobre da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira, 30, com a presença do presidente da  Casa, deputado Marcelo Nilo, aconteceu o Ato de Assinatura da Notificação do Tombamento dos documentos da Revolta dos Búzios que estão no Arquivo Público da Bahia e integrarão um Memorial no prédio do Legislativo baiano.

   Para o presidente Marcelo Nilo "não há política sem história e história sem política e a ALBA se sente gratificada em poder abrigar o Memorial da Conjuração Bahiana", frisou. Nilo detsacou, ainda, sua páixão pela cultura e em especial pela história e comentou o trabalho de publicação de livros organizado pela ALBA e que já se aproxima, em sua gestão, a 200 títulos.

   A ideia do tombamento e do memorial partiu de um conjunto de representantes da sociedade baiana, como o Grupo Cultural Olodum, Associação Cultural Ilê Ayê, IPAC, FPC e contou com apoio dos deputados estaduais Fabíola Mansur (PSB), Bira Coroa (PT) e Luíza Maia (PT), além de entidades, personalidades e estudiosos do tema. Segundo o diretor geral do IPAC, João Carlos Oliveira, com a possibilidade do tombamento, o bem cultural passa a ter prioridades nas linhas de financiamento municipais, estaduais, federais e até internacionais.

   “Esses recursos podem ser aplicados para a conservação do patrimônio tombado, e para a sua articulação sócio-cultural e difusão no estado e no país”, lembra o gestor estadual.

   A ação é feita pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), da secretaria de Cultura (SecultBA), responsável pela salvaguarda estadual dos bens culturais baianos. “Com esse ato, iniciamos pesquisas e coleta de dados para criar um dossiê que possibilitará o tombamento definitivo como Patrimônio Cultural da Bahia”, explica João Carlos Oliveira. 

  Após as pesquisas, o dossiê é enviado ao Conselho Estadual de Cultura e ao secretário de Cultura que o encaminha para deliberação do governador do Estado e publicação de decreto no Diário Oficial.

   O evento acontece na Assembleia, onde também em agosto foi aprovado Projeto de Lei da deputada Fabíola Mansur que propôs a criação do “Memorial Revolta dos Búzios” aprovado, por unanimidade, no plenário da Casa. “Quero primeiro parabenizar todas as instituições pela iniciativa do tombamento de documentos tão importantes, que a partir da terça-feira se tornarão patrimônio cultural da Bahia e darão o destaque merecido à luta desses homens que, em 1978, já tratavam e falavam de deputados e de assembleias. Um resgate da nossa história e valorização dos nossos heróis baianos”, destacou Fabíola

   Na solenidade, a deputada Fabíola destacou o momento marcante que se constituiu a solenidade na Assembleia, com a presença do presidente do Olodum, João Jorge, da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, de secretária Fabya Reis, da Sepromi, de Arani Santana, da CPC do Pelô, de representantes do Ilê, dos vereadores Suica e Silvio Humberto, entre outros.