Política

MEETING SAÚDE DA SANTA CASA: Setor pulsa e quer sair do imobilismo

Há consenso de que o setor precisa se unir mais, ter lideranças e atuar com coragem e determinação no meio político, especialmente no Congresso Nacional
Tasso Franco , da redação em Salvador | 26/04/2015 às 19:56
Só os 71 hospitais ligados a ANAHP movimentam R$20 bilhões/ano
Foto: BJÁ
   MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. O 5º Meeting de Saúde promovido pela Santa Casa da Bahia no último final de semana no auditório do Tívoli da Praia do Forte revelou o que o segmento da saúde já tem conhecimento, de que faltam investimentos e os avanços que se pretendem estão andando a passos lentos, outros paralisados, e alguns centros de saúde em degradação e crise profunda. No caso da Bahia, nesse último item, estão o fechamento do Hospital Espanhol e a decadência das Santas Casas de Saúde do interior.

   2. Nada disso, no entanto, assusta ou tira o sono dos dirigentes de empresas privadas e do setor público entendendo-se de que, nesses momentos de baixa, há uma contra-partida em criatividade, implementação de novos modelos de gestão, incremento de novas tecnologias, busca pela eficiência, tudo isso visando o atendimento aos pacientes. As discussões também avançam no sentido de que os profissionais médicos devem ser os protagonistas de ponta desse processo, e é necessária uma revisão nos procedimentos das operadoras e assim por dia.

   3. Um fato: o médico individual estaria desaparecendo a cada dia uma vez que as operadoras só estão trabalhando com grupos de médicos (pessoa jurídica) ou as cooperativas. Há dificuldades de médicos (pessoa fisica) estabelecerem convênios com as operadoras, algumas delas pejorativamente falando, chamadas de 'repassadoras de recursos' pelas consultas e serviços.

   4. Também nos pareceu consensual de que as saúdes privada e pública estão entrelaçadas, são vasos comunicantes, falam entre sí e agem nessa direção. Portando, o pau que dá em Francisco dá em Chico. Não existe, assim, uma crise no setor público e um mar de rosas no setor privado. Ambos enfrentam problemas e ambos trabalham e buscam soluções, perseguem a união e lideranças que possam agir politicamente no Congresso Nacional, aprovando leis que beneficiem a saúde, especialmente em relação ao OGU - Orçamento Geral da União - e a movimentação propositiva para atualizar o piso para o atendimento básico na saúde.

   5. É também consensual no âmbito da saúde pública, no caso da Bahia, que se fortaleça a rede básica e de média e alta complexidade no interior do estado evitando o afluxo de pacientes que diariamente se direciona para a capital e Região Metropolitana de Salvador, bem como uma maior interrelação dos setores públicos e privados no atendimento ao paciente. A concepção, a lógica, é de que não existe paciente público e paciente privado e sim paciente e ele deve ser atendido.

   6. O provedor da Santa Casa da Bahia, Roberto Sá Meneses, diz que o Meeting foi bastante proveitoso, o encontro permitiu aprofundar as discussões sobre os custos, a qualidade e o atendimento ao paciente, e destacou que a SCB tem um papel importante nesse processo por ser a maior instituição do Estado e está com seus procedimentos administrativos em dia, enfrentando dificuldades como todos os grandes hospitais (caso do Santa Izabel), mas, adotando práticas que minimizam os custos e priorizam a eficiência.

   7. O Meeting colocou na mesma mesa das dicussões dirigentes de hospitais privados, a ANAHP, operadoras, bancos, os secretários das Saúdes de Salvador e do Estado, empresas de tecnologia e assim por diante. Na opinião do secretário José Antonio Rodrigus Alves (SMS) o setor precisa, de fato, sair da parte de diagnósticos, dos debates, até porque já tem uma massa critica definida, sabe o que deseja, e entrar numa parte mais política com coragem e liderança para sair do circulo fechado em que se encontra e avançar. 

   8. É isso: a saúde está passando por momentos de turbulências - no Brasil de hoje agravados esses momentos pela crise financeira do governo federal - mas não se entrega, não esmorece, se moderniza, avança - não tanto como desejaria - e está viva. O Brasil tem mais de 3.300 hospitais, 71 deles estão ligados a ANAHP - 30% do atendimento - há uma movimentação de bilhões de reais em toda a rede (pública e privada) e isso tem que florescer e não apagar. Lembrando, ainda, que essa dualidade custos/atendimento, melhoria de qualidade, academisismo e setor finalista, existe na maioria dos paises de todo mundo.
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   9. Os aprovados no último concurso público para provimento de vagas na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) estará realizando uma manifestação no dia 28 de maio, às 17h nas galerias da própria casa, durante a sessão prevista para aquele dia, com o objetivo de cobrar da Mesa Diretora e do Presidente a convocação deles.

   10. A grande preocupação dos aprovados é que passado quase 1 ano da homologação do resultado até a presente data apenas 10 pessoas foram convocadas, restando ainda 87 a serem convocadas e mais 1.900 integrantes no cadastro de reservas. Concurso este que tem validade de 2 anos.

   11. Conforme apurados pelo MPBA e aprovados existem diversas ilegalidades na ALBA que impedem a nomeação de todos os aprovados como casos de: nepotismo direto e cruzado; alto número de REDAS, terceirizados e comissionados; funcionários em desvio de função; funcionários de nível fundamental ocupando cargos de nível médio e superior; ocupantes de cargo superior com a formação inadequada aos cargos dentre outras anomalias, casos estes inclusive divulgados pela imprensa.

   12. O concurso foi homologado em 4 de junho de 2014, e para os aprovados as múltiplas ilegalidades apresentadas é o fator determinante para a não convocação dos aprovados, para se ter uma noção do absurdo: na ALBA existem apenas 358 funcionários efetivos resultando numa desproporção em relação aos não concursados de 19 para 1 efetivo, pois os dados do TCEBA apontam que existem na ALBA 6.891 funcionários. Assim, caso todos os aprovados sejam convocados restará ainda mais de 4.000 vagas a serem preenchidas.

   13. Outro empecilho que dificulta a nomeação é a falta de transparência da ALBA na divulgação de informações referentes ao pessoal e os respectivos salários recebido, dados estes que não são disponibilizados com fidedgnidade para os próprios órgãos de controle como o TCE e MP; nem mesmo para os próprios Deputados(as) e muito menos para a sociedade, pois são considerados como secretos pela Presidência e Mesa Diretora.

   14. O deputado estadual Marcell Moraes (PV) comemorou o anúncio de fechamento do Jardim Zoológico de Salvador por cinco dias para manutenção do local. “Essa é a nossa primeira vitória na luta a favor dos animais do Zoológico. Conseguimos levar o secretário do meio ambiente à nossa comissão na Assembleia Legislativa e ele garantiu que melhorias iriam ser feitas no local”, disse o deputado.

   15. Marcell Moraes, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos, esteve junto com outros deputados de oposição no Jardim Zoológico e ficou chocado com o que viu. 

   16. “A situação do zoológico de Salvador é lastimável. Os animais estão numa prisão perpétua sem ter cometido crime algum. Eu cobrei do secretário Eugênio Spengler que melhorias fossem realizadas para o benefício desses animais. Ele garantiu que as manutenções serão realizadas, mas vou continuar cobrando para que eles não sejam esquecidos”, afirmou Marcell. Em dezembro do ano passado, o verdista já havia prometido levar o caso ao Ministério Publico, devido ao péssimo estado de conservação. 

   17. Na próxima quarta-feira (29), às 10h45, a Comissão da Ferrovia Oeste Leste (Fiol) e do Porto Sul da Assembleia Legislativa receberá o presidente nacional da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, o engenheiro Bento José de Lima. A reunião de trabalho acontece na Sala Herculano Menezes.

   18. A presidente do colegiado, deputada Ivana Bastos, conduzirá um debate sobre o atual estágio de desenvolvimento das obras da Fiol no estado, e falará ainda sobre questões orçamentárias, demissões e o cronograma geral da obra para o ano de 2015.

   19. “Já nos reunimos para debater questões trabalhistas relacionadas com as obras e agora precisamos saber quais são as perspectivas para o seu andamento. Esperamos mais um grande debate, com muitos questionamentos e esclarecimentos”, declarou Ivana Bastos.

   20. Aline Rosa está solteira. Viva a Pátria.

   21. Tatau fez o show de encerramento do Meeting de Saúde da Santa Casa de Misericórdia. Agradou. A banda está afinadissima e o negão cantando como nunca.

   22. Com as chuvas, muitos buracos apareceram nas ruas de Vilas do Atlântico, em Lauro.

   23. A Estrada do Coco continua um 'inferno'. Agora, é engarrafamento a qualquer hora.

   24. David Schurmann (da familia Schurmann de velejadores em vota do mundo) fez palestra no Meeting de Saúde e agradou. O camarada fala pelos cotovelos e a história de sua familia é emocionante.

   25. Uma dúvida que perdurou no Meeting de Saúde: o que é valor (amplo em saúde e bem estar dos pacientes): o acolhimento? custo melhor? envelhecer com saúde? uso das novas tecnologias?

   26. O Brasil é o país - entre os grandes - que menos investe em saúde com 4.1% do OGU. Quem mais investe é a Holanda com 9.5% e a Dinamarca com 8.9%.

   27. Diz-se que no segmento saúde todos estão descontentes mas ninguém sai do lugar.

   28. Tatau deixou o AraKetu para carreira sólo, pero, não desencarna do Ara. No seu show, as músicas mais cantadas e dançadas são aquelas relacionadas ao Ara.

   29. Os investimentos públicos de saúde na Bahia atingem a casa de R$4.5 bilhões. Não é á toa que a Secretaria de Saúde é tão cobiçada.

   30. O secretário Fábio Vilas Boas - Saúde do Estado - tem surpreendido positivamente. Tem sido convincente.

   31. Doutor Gilson Feitoda uma unanimidade no meio médico. Quando se fala no nome dele só aplausos e respeito.

   32. O Tívoli da Praia do Forte continua sendo o melhor Resort do Litoral Norte com seus micos, iguanas, pássaros e bom atendimento. Café da manhã que é um almoço e um almoço que é um jantar. Além disso tem uma área verde admirável e uma piscina de borda infinita que parece conduzir o cidadão ao mar.

   33. A receita dos 71 hospitais ligados a ANAHP chega a R$20 bilhões/ano.