“A mulher e a reforma política” foi o tema da sessão especial, realizada na manhã desta sexta-feira, 27, no plenário da Câmara de Salvador. O encontro recebeu o nome de Ana Alice Costa, em homenagem à feminista morta em dezembro de 2014 e girou em torno da necessidade de uma maior participação das mulheres nos espaços de poder.

O evento foi promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da CMS, quando sua presidente vereadora Aladilce Souza (PCdoB) lembrou os importantes avanços históricos alcançados, mas alertou para a intensa luta pela frente.

“Sabemos que ainda precisamos avançar muito em relação aos direitos das mulheres. Ocupamos somente cinco das 43 cadeiras desta Casa. Precisamos avançar no debate, continuar levantando a bandeira da reforma política para que possamos ocupar cada vez mais espaço as esferas de poder”, afirmou.

Estiveram presentes as deputadas federais Alice Portugal (PCdoB) e Moema Gramacho (PT). Além delas, as edis Cátia Rodrigues (Pros), Kátia Alves DEM) e Vânia Galvão (PT) e Arnando Lessa (PT).

De acordo com a comunista “no Congresso, ocupamos somente 51 das 513 cadeiras. Os homens ainda têm uma resistência muito grande ao verem uma mulher numa posição de destaque. Até uma tentativa de golpe foi cogitada justamente quando temos uma mulher na Presidência. É tudo mais difícil para nós”.

Para Moema, integrante da Comissão Especial da Reforma Política na Câmara Federal, é desigual a disputa entre homens e mulheres nos espaços de poder: “Precisamos acabar com o financiamento empresarial de campanhas políticas. É uma verdadeira troca de favores e o dinheiro não pode falar mais alto do que os ideias”.