Política

VOTAÇÃO DA META FISCAL: Faltou quóeum e Imbassahy critica governo

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Eliana Frazão , Salvador E bsb | 26/11/2014 às 18:23
Sessão de votação foi adiada para a próxima terça-feira, 2 de dezembro
Foto: ILS
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, reagiu com um pronunciamento desta quarta-feira, 26, à determinação da bancada governista de aprovar de maneira irregular o PLN 36/2014, que muda a meta fiscal ao flexibilizar o superávit primário, para permitir ao governo fechar as contas deste ano. Imbassahy se referiu ao governo como sendo uma administração “que nos envergonha com a maior história de corrupção da nossa República, que está merecendo investigação não apenas do Brasil, mas também internacional”.

O líder lembrou ainda as lideranças petistas presas na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, condenadas no processo do mensalão e destacou que o governo da presidente Dilma, que foi antecedido pelo governo de Lula, permitiu a instalação de uma organização criminosa na principal empresa, orgulho dos brasileiros, a Petrobras. “Roubo, roubalheira, assalto. Saquearam a Petrobras! É isso que envergonha os brasileiros, que traz a nossa indignação”, discursou. 

Acompanhado, durante a sessão por protestos de outras lideranças da Câmara, Imbassahy admitiu levar a oposição ao Supremo Tribunal Federal para pedir a anulação da sessão irregular devido ao número insuficiente de parlamentares. Pressionado, o presidente do Congresso, Renan Calheiros, decidiu encerrar os trabalhos, uma hora e meia após a abertura da sessão, sem realizar votações, como cobrava a oposição

“Reagimos altura à truculência da base governista, que queria enfiar goela abaixo, atropelando todas as regras, o projeto que dá anistia ao calote da presidente Dilma, e obtivemos sucesso”, contou Imbassahy


FALTA DE QUÓRUM

Por falta de quórum, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou  para a próxima terça-feira (2) a sessão que vai votar o projeto que altera a meta fiscal do governo para 2014. Ele chegou a abrir sessão no início da tarde desta quarta para apreciar o texto, que é de interesse do governo, mas encerrou os trabalhos logo em seguida. 

Não foi alcançado o quórum suficiente para votação de requerimento e de projetos que estavam sobre a mesa. O primeiro item da pauta era justamente o projeto da meta fiscal. Na prática, o texto autoriza o Executivo a economizar menos para pagar os juros da dívida pública, o chamado superávit primário. A matéria é considerada prioritária para o governo, mas enfrenta resistência da oposição.

“Era evidente a falta de quórum e, sem quórum, a maioria não tem como se manifestar. A sessão, na forma do regimento, não poderia ir adiante porque tínhamos que votar requerimentos”, explicou o presidente após deixar o plenário da Câmara dos Deputados O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, reagiu com um pronunciamento duro, na manhã desta quarta-feira, 26, à determinação da bancada governista de aprovar de maneira irregular o PLN 36/2014, que muda a meta fiscal ao flexibilizar o superávit primário, para permitir ao governo fechar as contas deste ano. Imbassahy se referiu ao governo como sendo uma administração “que nos envergonha com a maior história de corrupção da nossa República, que está merecendo investigação não apenas do Brasil, mas também internacional”.