Política

OUVIDORIA da CMS faz encontro para discutir situação do Hosp. Espanhol

A comunista mostrou-se preocupada com o destino da casa de saúde
, da redação em Salvador | 22/10/2014 às 19:36
Aladilce: acompanhando o caso do Espanhol
Foto: Limiro Besnosik

A Ouvidoria da Câmara de Salvador solicitou e acompanhou reunião, mantida na manhã dessa terça-feira, 21, entre entidades sindicais e a direção do Hospital Espanhol, para discutir a situação de seus funcionários. O encontro aconteceu na sede da instituição, na Barra.

A ouvidora-geral, Aladilce Souza (PCdoB), mostrou-se preocupada com o destino da casa de saúde, que tem caráter filantrópico e integra a rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Para ela a unidade está passando por uma situação singular e a crise não pode ser solucionada apenas por uma transação mercadológica: “Toda instituição privada não pode restringir seu patrimônio ao aspecto financeiro, mas deve valorizar seu patrimônio humano. Este capital social e simbólico é importantíssimo, os direitos dos trabalhadores devem ser garantidos”.

Representando o Sindicato dos Enfermeiros Lúcia Duque solicitou dos dirigentes do Espanhol detalhes sobre prazos para pagamentos de salários atrasados há seis meses, e rescisões para aqueles os demitidos. Segundo ela os trabalhadores querem saber com está o processo de negociação com os investidores que deverão assumir a gestão hospitalar e se diz preocupada com o destino de cada um deles.

Por enquanto o hospital não tem proposta oficial das empresas para voltar a funcionar, coisa que deve ocorrer no início de novembro. De acordo com o superintendente financeiro Cláudio Imperial existem seis grandes grupos interessados e a direção busca alternativas para solucionar as dívidas com fornecedores, bancos e ações trabalhistas.

As entidades representativas dos trabalhadores reivindicaram participar desse processo de negociação, o aproveitamento dos empregados e o pagamento dos salários atrasados e parcelas rescisórias ainda pendentes.

Participaram da reunião o presidente do Hospital Espanhol, Demétrio Moreira, e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde da Bahia da Rede Privada e o Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren).