Os recentes casos de racismo repercutidos na mídia dão conta de uma realidade há muito evidenciada e combatida pela desembargadora Luislinda Valois, candidata a Deputada Federal, pelo PSDB. Nas últimas semanas, o preconceito afetou anônimos e famosos, jovens e adultos, como o goleiro Aranha, do Santos, que foi insultado após partida em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, um estudante de 12 anos foi impedido de entrar na escola por usar guias do Candomblé.

 “Fiquei e fico muito transtornada quando vejo essa triste realidade se disseminando e com tanta frequência. O racismo é desumano, mata a alma e destrói o físico”, declara a candidata, que sente na pele o efeito corrosivo da discriminação racial, desde a infância. Luislinda Valois foi insultada aos 9 anos pelo professor, que alegou que seu destino tinha de ser ‘cozinhar na casa de branco’. “Sou candomblecista assumida com muito orgulho. Tenho por hábito respeitar tudo e todos sem distinção de raça, credo religioso, opção sexual, estado civil ou condição econômica”, acrescenta.

Após vencer as barreiras do preconceito e se tornar a primeira juíza negra do Brasil, Luislinda Valois não se acomoda e pretende levar sua luta contra esta problemática à Câmara dos Deputados. “A luta contra o racismo aqui na Bahia e no Brasil é uma luta bastante difícil. Decidi colocar o meu nome como candidata a Deputada Federal, acreditando que é possível mudar essa situação se houver vontade Política”, declara.