Política
Tasso Franco
11/11/2019 às  11:12

O REI ESTÁ SÓ: FALTAM COMUNICAÇÃO E BASE POLÍTICA AO GOVERNO JAIR

Comunicação institucional do governo é fraca e o presidente, ademais,


   1. Enquanto o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) colhe alguns resultados positivos na economia com a retomada, ainda que lenta, do crescimento econômico, na articulação política vai mal ou ao menos precisa melhorar muito para conseguir avançar e aprovar os novos projetos encaminhados ao Congresso Nacional, as PECs do Pacto Federativo, Emergencial e dos Fundos esta última para descongelar R$222 bilhões mal alocados. Não é tarefa fácil para um presidente que, ao invés de agregar, está sempre criando obstáculos, desagregando como aconteceu dentro do seu próprio partido.

  2. Ademais, a partir da decisão do STF em desautorizar a prisão em segunda instância seu principal adversário político, o ex-presidente Lula da Silva está solto e falante, e o principal ideólogo do PT, José Dirceu, também deixou a cadeia e podem articular, como já estão fazendo, uma oposição mais ordenada ao governo. E o que se vê do lado governista é desagregação. Não há sentimento de união da sua base política que sequer existe como tal. Horizontes incertos.

  3. Sequer os resultados da política econômica o governo Bolsonaro são capitalizados porque não tem comunicação eficiente e, ao invés de fazer como todos governos fazem aplicando recursos na comunicação institucional, parte pra briga e desagregar também junto à midia. Notórias suas brigas com a Rede Globo, Veja e a Folha de São Paulo, só para citar os três mais destacados veículos, e também com vários colunistas e editores. Também não sabe operar no jornalismo e muita gente fica sem saber o que acontece no seu governo.

  4. Os indicadores econômicos são alvissareiros: inflação 2.5% em outubro; desemprego que era 12.3% passou para 11.8% com a criação de mais de 700 mil novos empregos com carteira assinada; risco do país que era 201 passou para 117; a bolsa de valores opera com 108.200 pontos; a taxa básica de juros que era 6.5% caiu para 5%; produção de petróleo com alta de 18.5%; vendas no varejo 1.4% de alta; automóveis produção de out 2018 (263.200) e out 2019 (288.500). Altas nos serviços, construção civil e turismo.

  5. E por que o governo não faz uma comunicação eficiente desses números para o grande público? Por que não sabe e fica achando que redes sociais são tudo. Isso não existe. Fosse assim, a Coca Cola que tem uma rede de distribuição e vendas mudiais não precisava anunciar nos veiculos de comunicação. Já alguns dias, o anúncio da Coca Cola lembrando o Natal 2019 está no ar na TV, rádio, out-doors, redes e outros.

  6. É só olhar o que acontece no governos da Bahia e da Prefeitura de Salvador que estão próximos de nós. Fazem campanhas permanentes de divulgação e são, ambos, agregadores. Rui briga com a TV Bahia? Qual nada. Neto briga com a Record ou com A Tarde porque sua familia tem veiculos de comunicação?Nem pensar. A Metrópole bateu em Neto pra valer na última campanha politica. Eleito, qual a primeira entrevista que Neto deu? Na Metrópole. 
 
  7. É isso que Bolsonaro tem que aprender. Ou aprende ou dança. Dora Kramer, colunista de longo curso, sensata, esta semana fez uma artigo intitulado "Autocombustão", ela que tem enorme experiência em comentários políticos destacando que os desagregadores tem vida efêmera em Brasilia. Alguns até caem e ela deu os exemplos de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Noutras palavras só faltou dizer pra Bolsonaro abrir bem seus olhos senão será o próximo.
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