24/12/2016 às  10:10

O.A. , da NetFlix é meu presente de Natal para vocês

Diogoberni@yahoo.com.br


 O.A.,da NetFlix, 2016, EUA. Este será o meu presente de natal para os vossos assíduos leitores. A série estreou na NetFlix em 15 de dezembro e já uma das queridinhas do serviço de streaming sendo a líder de seu segmento no período da sua estreia até hoje, e certamente essa liderança perdurará até o fim de Janeiro, ao menos. 

   Entretanto vamos primeiro aos detalhes técnicos; trata-se de uma série composta de oito capítulos constituídos por uma hora, hora e vinte cada um, sendo que um é fio condutor para assistir o seguinte, de modo que a série cativa e é viciante mesmo. 

   Pra vocês terem uma ideia “matei” todos os oito episódios em um dia , começando de manhã e acabando tarde da noite. Não é difícil ler e assistir dos cinéfilos críticos youtuber que a produção da obra seriada é feita pelo ator Brad Pit, isto não é verdade. A produtora do ator é que fez a série e não necessariamente o ator hollywoodiano colocou a mão na massa pra fazê-la. 

   Detalhes técnicos colocados em letras à parte, vamos agora a uma crítica geral e fresca ( já que acabei de ver ontem) da nova queridinha da NetFlix. O primeiro episódio, que é também seu piloto, começa com uma mulher tentando se jogar de uma ponte e logo após é internada e salva. No hospital sabemos que trata-se de uma pessoa que tinha desaparecido há sete anos e era cega, e após sete anos ela volta enxergando. 

   A polícia surge tentando desvendar o caso mas a mulher não expõe muita coisa do seu passado e somente com o passar dos capítulos é que ficamos familiarizados com o seu passado e também presente. 

   Já adianto aqui que é impossível escrever algo da série sem spoiler algum, mas acredito que minhas linhas sejam mais incentivadores que propriamente contadoras do que ocorre na série. Mas voltemos ao enredo: Já no capítulo dois , e é importante salientar que todos os capítulos ocorrem de forma simultânea no passado e no presente e logo explicarei o por quê; mas já no capítulo dois conhecemos os cinco personagens, que de certo modo, ajudarão a protagonista, que é também co-roteirista, a seguir seu destino pra lá de “cabuloso”.

    Os quatro personagens são escolhidos de forma totalmente aleatória pela internet através de um sinal da protagonista no episódio piloto , isto é, no capítulo hum. Trata-se  então de : uma professora super humana e solitária; um adolescente-adulto brigão e socialmente desequilibrado; um guri órfão de pai e mãe que só tem a irmã mais velha e esta só vive fumando maconha com ele; um jovem super cérebro que tem dois filhos que estava prestes a ganhar uma bolsa integral em uma prestigiada universidade no estado do Michigan, e além disso tinha uma mãe bêbada “pé no saco”.

   Estes quatro personagens totalmente diferentes um do outro são convidados por nossa protagonista para ouvir sua história de vida e como ela tinha voltado a enxergar, mas para chegar neste ponto eles teriam que ouvir a estória toda dela. Como mencionado, é impossível não cometer spoilers, mas não atrapalharão em assistir a série, assim espero. 

   Pois bem, entra mais uma hora e pouco do episódio três e começamos e saber da estória da misteriosa protagonista: a moça era russa e teve uma experiência pós-morte ainda criança no seu país de origem quando despenca para o lago de outra ponte quando o seu ônibus-furgão a levava para a escola , assim como todos os filhos primogênitos dos mafiosos russos do ramo de minérios. 

   No acidente todos morrem e somente nossa criancinha protagonista sobrevive quando tem um papo cabeça com uma espécie de bruxa e anjo ao mesmo tempo; esta que salva sua vida, porém tira sua visão para mantê-la viva. Ainda pequena a menina é enviada aos Estados Unidos para fugir de outros atentados dos inimigos do seu pai, indo morar com sua tia em uma cidade relativamente pequena. Lá a menina cega é criada pela tia até que alguns anos depois é dada ou vendida a preço de banana para um casal relativamente idoso. 

   Esta era a nova menininha russa que não cansava em ter a esperança em voltar a ver o seu pai, este que nessa altura já deveria estar morto pelos outros gangsters russos no inicio da década de noventa do século passado. A menina cresce com esta nova família de pai, mãe e sem irmãos, sendo dopada por treze longos anos por ter pesadelos pra lá de bizarros , mas que estes teriam toda a explicação no último capítulo da primeira temporada ada série. 

   Os pesadelos tinham a ver com a esperança em ver novamente seu pai e sua experiência pós-morte ainda criança na Rússia. Os médicos diagnosticavam que tais sonhos “ruins” seriam um início de esquizofrenia, já que crianças cegas tendem a ter muita imaginação. Após esses treze anos de inúmeros remédios a moça agora fica disposta a fugir da casa de seus pais adotivos para encontrar seu pai, e claro, se livrar das drogas que lhe eram colocados boca adentro em sua escuridão existencial, ao menos uma escuridão física já que era cega. 

   A ficha cai que não encontraria novamente seu pai em frente à estátua da liberdade quando foge para Nova Iorque. Pergunto-me, mas porque logo nesse local de cartão postal estadunidense? Certamente pela série ser norte-americana, mas isso não interessa muito e temos que ser realistas e reconhecer que em matéria de entretenimento eles são os melhores e ponto final. 

   Como escrevi a série “brinca” com o tempo presente físico que estamos vivendo e aborda muitas outras dimensões que não sabemos que existe, e estas podem ser portas para dimensões em que a vida poderia ser eterna em portais próximos ao planeta Saturno, por exemplo, mas isto explicarei mais adiante. 

   Pois bem, como a série é composta do passado e do presente da nossa protagonista, os eventos mostram-na ora ela no presente contando seus feitos e desfeitos no passado, assim como seu presente nas sessões de análise com seu psicanalista ou em família com seus pais adotivos, e claro, seus encontros com os quatro personagens citados anteriormente que foram escolhidos pela internet, e que se encontravam toda noite em uma casa abandonada para ouvir a sua história cada vez mais cativante. 

   No quarto capítulo, mais ou menos, somos avisados que os sete anos ausentes da protagonista foram fruto de um sequestro quando a personagem tentava achar seu pai no metrô de Nova Iorque tocando violino, mas na verdade seu som chamou seu sequestrador: um médico que se interessava em pessoas que tiveram experiências de morte e continuaram vivas. 

   O médico a sequestra e a leva a uma mina grande abandonada, lembrança da segunda guerra mundial. Lá era o cativeiro do nosso cientista que, através de pessoas que tiveram essa experiência de pós-morte ( lá na mina antes da cega chegar já existia outros cobaias presos em uma espécie de jaula, que tiveram a mesma experiência que ela). 

   Segundo ele, tais pessoas que já passaram por isso teriam uma maior chance em ser útil para seus experimentos que se consistiam em analisar o que se passava quando eles, as cobaias, estavam quase morrendo, para descobrir a formula da vida eterna. 

   Sei que escrevendo assim soa estranho, mas a série tem essa pegada de tentar desvendar o pós-morte, isto é, o que acontece depois da dita cuja, quais as dimensões possíveis para depois do além, de fato tudo acaba? Estas perguntas são a chave mestra para que nosso médico e cientista “maluco” tente por anos e anos, mais precisamente sete, a formula da vida eterna. Mas não me esqueci que nossa protagonista era cega e sete anos após volta a enxergar logo no capitulo piloto e primeiro da interessante série. 

   A volta da missão da protagonista acontece quando ela toma uma porrada na cabeça quando tenta fugir do cativeiro e seu estado fica de pós-morte, isto é, ela volta a reencontrar com aquela espécie de anjo e bruxa que viu quando criança no seu primeiro acidente ainda na Rússia. O anjo ou a bruxa diz: “ Agora você conhece o sofrimento: então você que ir ao encontro do seu pai ou prefere voltar a vida agora enxergando?” 

   A moça prontamente diz que o pai teria que esperar um pouco mais no além e preferiria voltar a vida após mais um experimento de vida pós-morte. É importantíssimo salientar os laços de amizade, e até de amor incondicional, que os presos do cativeiro estabelecem entre si, causando ao longo dos anos um elo tão grande e até inexplicável que todos os sequestrados juntos formulam uma espécie de dança que faria as pessoas ressuscitarem ou reviverem com a dança conhecida pelo nome de Os Cinco Elementos. 

   Tal dança ou energia naquele presídio em prol “da ciência” ou de experimentos que futuramente nos proporcionassem a vida eterna, tinha também uma espécie de poder sobrenatural de formar dimensões alternativas para que as pessoas escolham em qual dimensão queira viver. Para ser mais específico, e isso na medida do possível que a cabulosa série permite, a questão abordada aqui não é somente tentar descobrir o que existe “ do outro lado”, mas também termos “ciência” de que existe inúmeras realidades paralelas que a ciência apenas ainda engatinha com a ajuda da física e química quântica.

   Na modesta opinião deste crítico que já teve uma experiência de vida pós-morte em um banco de areia quando surfava adolescente na praia de Jaguaribe em Salvador, e quando cansei de lutar contra o afogamento uma mão me puxou pra cima e disse que ainda não era minha hora e então revivi novamente; mas para este crítico muitas coisas da vidas paralelas e o que vem depois do além ainda serão descobertas pela ciência. 

   Certeza é que o Universo é muito grande e nosso planeta é um grão de areia dentro dele, então é bem possível que existam vidas paralelas em outras galáxias e planetas, como nos filmes de Star Wars ou mais ou menos assim. Série bem produzida e que certamente te deixará “boladão”; boas festas leitores nesta ou em outra dimensão.
     
 


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