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30/10/2016 às 13:01

DIREITO AO EMPREGO é o essencial nesse momento

Miltom Cedraz Engº Agroº Técnico em Desenvolvimento Econônico pela Cepal/ONU - Consultor do Pnud/ONU - mcedraz@globo.com

Miltom Cedraz

   Qualquer que seja o modelo econômico que se venha a adotar em um país e, em particular em suas politicas públicas, se deveria priorizar a manutenção e, sobretudo, a geração de emprego e renda. Especialmente em países pobres ou em desenvolvimento e, se estiver em crise econômico-financeira, mais ainda!
 
   Para isso é necessário que para tanto, em todas as instâncias, se esteja permanentemente alerta. Esta visão sistêmica é fundamental para, ao se dar um passo à frente, muitas vezes com sacrifícios da sociedade, não venha um dos três poderes, inadvertidamente, tomar uma decisão na contramão do estorço que se está a realizar. Por isso mesmo, é indispensável que se faça um pacto entre eles para se afinar o discurso e, sobretudo, decisões que possam impactar a politica econômica, ainda que seja de pequena monta, mas que de alguma forma destoe da politica econômica geral. 

   Nada, absolutamente nada deveria ser feito, por quem quer que seja que, de uma forma ou de outra, possa interferir negativamente no processo de recuperação econômica em andamento. Sobretudo quando se está a exigir sacrifícios de todos. 

   A crise econômico-financeira que se abate sobre o país, por força de um modelo econômico desastrado, destruiu todos os avanços que havíamos conseguido nos últimos vinte anos.   Isso porque esse malfadado modelo macroeconômico que começou a ser implantado, vagarosamente, se acelerou a partir de dois mil e dez.
 
   Do mesmo jeito, a corrupção que já grassava sub-repticiamente, acentuou-se e alastrou-se por todos os setores, tal qual uma praga de proliferação consentida. Para tanto, passou-se a fazer vista grossa sobre a legislação que controlava os desmandos, sem o que, as políticas econômicas perdulárias não prosperariam. 

   Resultado, desaceleração do crescimento do PIB, até iniciar-se um processo de recessão. E, o que pior, retomou-se, como era de se esperar, o processo inflacionário e, o mais grave ainda, o desemprego que grassou por todos os setores selando assim, o resultado perverso do conjunto da obra.
Este é o resultado que seguramente se consegue quando se adota um modelo macroeconômico, com visão sindicalista de cunho, tipicamente populista.

   Para concertar esse terrível desastre ter-se-á que dar uma guinada de cento e oitenta graus na economia e nas demais políticas públicas. O primeiro passo seria conter o déficit publico a qualquer custo e recuperar a confiança do mercado investidor. Medidas que de alguma forma possam estancar a queda livre do PIB e, consequentemente do desemprego. Assim, se teria que adotar, em todos os setores, políticas públicas que resulte na reversão do processo de desemprego. 

   Dessa forma, as medidas adotadas, por qualquer dos três poderes, teria que levar em consideração a questão do emprego e a geração de renda. Para tanto, se instituiria, através de lei que no planejamento estratégico se adotasse, como fundamento básico, o “balanço da mão de obra”. A partir do resultado desse balanço, se formularia as mais diversas políticas públicas. Assim, em nenhuma circunstância, se poderia qualquer que fosse o poder, tomar decisão que contrarie norma nesse sentido. Salvo em questões que afetem a saúde e os interesses gerais da sociedade.

   Dessa forma, decisões como, intempestivamente tomou o STF, sobre a duvidosa violação constitucional que as vaquejadas representam, jamais seria aceita. Isto porque, as vaquejadas e os rodeios se constituem em importante fonte de emprego e renda, principalmente para população mais carente. 
Os “maus tratos” aos animais, por elas ocasionados, não são absolutamente nada se comparados com a matança, o esquartejamento e a degustação da carne desses animais, práticas que se exerce no mundo inteiro, sem o menor constrangimento, sobretudo por fazer parte da cadeia alimentar dos seres humanos. 

   Os fundamentalistas do STF, defensores dos animais e os políticos que, de cachorrinhos e gatinhos em baixo do braço, posam por aí, para angariar votos, ignorando os milhares empregos que estão a ceifar, que abdiquem de comer qualquer ser vivo, particularmente animais, e assim, procurem sobreviver de brisa amorosa! 


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