Às vésperas de completar 27 anos no próximo dia 10 de março, a ala-pivô carioca Clarissa dos Santos, do time de Americana e da seleção brasileira, é o novo reforço do time do Chicago Sky, da WNBA, a liga americana profissional de basquete. Sua contratação foi anunciada nesta quinta-feira, e seu compromisso deve durar inicialmente um ano. Ela deverá disputar até o fim a Liga Brasileira Feminina (LBF), para depois se transferir para os Estados Unidos.

— Não vou dizer que nunca idealizei a ida para a WNBA como foco principal. Eu sempre me preparava para que se um dia viesse, eu estivesse pronta. É o maior foco do basquete mundial. Estou muito feliz com esse convite para atuar lá — declarou a atleta, por telefone, de Americana, após o treino desta quinta-feira. — O meu agente Fábio Jardine comentou comigo que a técnica do Chicago, Pokey Chatman, tinha falado no meu nome, e ele passou isso para mim. Já assinei o contrato, e está tudo certo.

A atleta já tem experiência internacional, tendo disputado as Olimpíadas de 2012, em Londres, e o Mundial do ano passado, na Turquia, além de outras competições com a camiseta da seleção brasileira. Clarissa será a quarta brasileira na liga americana feminina, juntando-se a Damiris, Erika e Nádia Colhado, todas pivôs. A atual jogadora de basquete começou sua carreira esportiva aos 13 anos, no atletismo, no Complexo Miécimo da Silva, Campo Grande. No mesmo local, ela chegou a fazer, simultaneamente atletismo e basquete. Com 15 anos, fixou-se no basquete, tendo passado por Grajaú, Fluminense e Mangueira. No exterior, foi campeã portuguesa pelo Vagos. Em seleções, foi aos Mundiais Sub-19 e Sub-21 o Pré-Olímpico-2011, aos Jogos de Londres-2012 e ao Mundial Adulto de 2014.

— Meu primeiro objetivo ainda é o de ganhar a LBF. Estou muito feliz com a WNBA, mas ainda tenho de pisar no chão e ajudar o nosso time a ser campeão. A nossa liga termina no fim de abril, e aí posso ir para os Estados Unidos. Nunca tive tanto contato com o inglês, mas dá para aprender. Vai ser bem legal jogar em Chicago, uma cidade de muita tradição, graças aquele cara que jogava um pouquinho, o Michael Jordan... — brincou Clarissa.

Ela quer mostrar um bom basquete nos EUA e se prepara diariamente para os Jogos Olímpicos no Rio.

— Desde 2011, estou na seleção feminina adulta. Espero estar bem preparada para os Jogos, e ganhar uma medalha é o mínimo. Quando se entra em campeonato, o que se quer é chegar em primeiro. Vamos tentar pular uma barreira de cada vez, pensar num jogo de cada vez, e fazer o melhor que pudermos — encerrou Clarissa.