Economia

Mulheres assentadas da reforma agrária participam de oficina

A ação é fruto de convênio celebrado entre o Governo Estado e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
Assessoria Sdr , Salvador | 23/08/2017 às 18:41
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A possibilidade de obtenção de crédito para fortalecer e potencializar a produção está sendo uma realidade para a família de Dona Jelsa Santos Souza, assentada da Reforma Agrária do Assentamento Mariana, localizado no município de Camamu. Ela faz parte das sete mil famílias assentadas da reforma agrária de 20 Territórios de Identidade, beneficiadas com a elaboração de projetos para a implantação de Créditos Fomento e Fomento Mulher.

Durante esta semana, com o objetivo de auxiliar na elaboração dos projetos, a Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), está promovendo nos municípios de Ituberá e Camamu, Território Baixo Sul,  oficinas para elaboração de projetos de Crédito Fomento e Fomento Mulher em Assentamentos da Reforma Agrária.

A ação é fruto de convênio celebrado entre o Governo Estado e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), executado pela  CDA e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública da SDR.  Os investimentos somam a ordem de R$7 milhões, para a implantação de ações voltadas ao desenvolvimento da população rural atendida pelo Programa de Reforma Agrária na Bahia.

A coordenadora executiva da CDA, Renata Rossi, reafirmou a importância do projeto: “É gratificante acompanhar de perto a execução de uma política pública tão importante para a reforma agrária que é a implantação dos créditos que permitirão potencializar a produção, beneficiamento e comercialização dos produtos da reforma agrária. As famílias estão aqui, com apoio da assistência técnica, botando os sonhos no papel, o sonho de melhorar o trabalho no campo, de aumentar a produção. Ganham as famílias rurais, ganham as famílias da cidade que terão mais alimentos de qualidade, ganha a Bahia, que avança no desenvolvimento rural”.

Empoderamento

Acompanhada de três dos seus seis filhos, a assentada Jelsa dos Santos relata que a obtenção do crédito é uma grande conquista, em especial, para as mulheres: “Vale a pena toda a luta. Passamos por muitas dificuldades ao longo da caminhada. Nossas mulheres precisam alcançar autonomia financeira, investir na plantação, na sua produção, sem depender dos maridos. Tenho certeza que minha vida e das companheiras irá melhorar muito mais”.

Jelsa fala sobre as expectativas  após obtenção do recurso: “ Vamos nos organizar e potencializar a produção que já temos por aqui. Nossa ideia também é de investir na produção de temperos, repelentes, sabonetes, colocando rótulo,  para valorizar nossos produtos, torná-lo conhecido”.

Quem também comemorou a conquista foi Josineilde de Jesus Pereira, assentada do Assentamento Lucas Dantas, município de Ituberá: “Momento oportuno para a independência da mulher, que alavanca nossa autoestima por trazer a oportunidade de opinarmos sobre o negócio, termos direitos iguais na decisão do investimento. Junto com minha família, irei investir no cultivo de peixe e na compra de alguns equipamentos”.

Elaine Fritz, dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e coordenadora da Brigada Costa do Dendê, refletiu sobre a importância do engajamento das mulheres na luta social: “A concretização do  projeto é mais uma motivação para continuarmos lutando para que nossas companheiras possam se empoderar enquanto mulher empreendedora, tendo autonomia financeira para permanecer mais engajada na luta social”.

Além da coordenadora da CDA e de técnicos da coordenação, participa da oficina pela SDR, o diretor de Reforma Agrária da Superintendência de Políticas Territoriais e Reforma Agrária (Sutrag), Jovenilton Batista.