Economia

Passageiro de Cingapura paga US$ 19 mil p/ voar a NY em cabine de luxo

Passageiro de Cingapura paga US$ 19 mil para voar a Nova York em cabine de luxo
Ag Globo , RJ | 01/10/2014 às 19:33
RIO - Derek Low não é milionário, mas, por 20 horas, As milhas acumuladas no programa de fidelidade da Singapore Airlines renderam a Derek Low 20 horas de luxo nas alturas. Viajante frequente, ele conseguiu reunir o suficiente em pontos para voar de Cingapura a Nova York na cabine VIP do jato A380, considerada a mais luxuosa do mundo. Normalmente destinado a milionários e celebridades, o voo custa US$ 19 mil, com direito a lagosta, champagne e até uma cama completa, no lugar dos tradicionais - e muitas vezes, desconfortáveis - assentos reclináveis.

Derek Low, nascido em Cingapura e atualmente morador de São Francisco, ficou famoso na internet em 2012, ao publicar um vídeo viral quando ainda era calouro de Engenharia na universidade de Berkeley. Nesta semana, o jovem, hoje empresário, voltou a chamar atenção na web ao relatar os detalhes da viagem em seu blog pessoal - com o olhar de quem não está acostumado a serviços cinco estrelas.

O tratamento diferenciado para quem paga o preço salgado já aparece antes mesmo do embarque, conta o empresário. Clientes VIP têm acesso a uma sala de espera especial, chamada de "The Private Room" (ou Sala Privada). A empresa aérea faz questão de destacar que a experiência é "superior à da primeira classe". Desde o saguão, a diferença entre os clientes especiais e os demais passageiros também foi registrada por Derek.

"Cheguei em um lounge e fui abordado por uma atendente: 'posso acompanhá-lo à Sala Privada?', ela perguntou. A segui por cerca de 50 a 60 pessoas da classe executiva. Ela caminhou notadamente rápido, parecendo temer que eu estivesse incomodado pela presença da classe trabalhadora", ironizou o empresário.

CABINE SE TRANSFORMA EM QUARTO DE HOTEL

Ao embarcar, Derek foi informado que apenas três das 12 suítes estavam ocupadas. Sua cabine contava com fones de ouvido Bose, bolsa da Salvatore Ferragamo e roupa de cama da Givenchy. Até o cafezinho - que o passageiro fez questão de pedir para se manter acordado e não perder a experiência - tinha um toque gourmet. O empresário pediu uma xícara do Jamaican Blue Montain, cujo grão chega a custar US$ 120 por 450g.

Quando o sono foi mais forte e Derek precisou dormir, a cabine do A380 se transformou praticamente em um quarto de hotel, conforme o relato:

"Nas suítes, você não simplesmente deita em um assento que se inclina. Em vez disso, você espera ao lado, enquanto os atendentes transformam sua suíte em um quarto, com colchão de pelúcia no topo de uma cama completa. Quando a suíte adjacente está vazia, a partição que divide as cabines pode ser rebaixada para criar uma cama de casal", lembra o passageiro.

Ao acordar em uma escala de duas horas Frankfurt, na Alemanha, Derek notou seis horas da viagem haviam passado - o equivalente a US$ 6 mil pagos pelo bilhete. Em terra, os clientes das suítes tiveram direito a um spa e banho quente.

"Quando finalmente chegamos a Nova York, um grande problema apareceu: eu não queria sair do avião. Tenho que dizer que depois de tomar Dom Pérignon em uma suíte a 10 mil metros de altura, não sei se uma experiência de voo pode ficar melhor que isso", diz o passageiro.

Oferecer serviços de alto padrão tem se tornado padrão entre empresas aéreas asiáticas. A Singapore Airlines, pela qual Derek voou, ganhou o prêmio de melhor cabine de primeira classe do ano, segundo o "Word Airline Awards", espécie de "Oscar" da aviação civil. O título de melhor aérea do ano ficou com a Cathay Pacific, de Hong Kong. Já os melhores assentos são os da Emirates, segundo a premiação