Direito

FILHO DE MINISTRO DO TCU é alvo da 45ª fase da Operação Lava Jato

Com informações da PF e portal Globo
Da Redação ,  Salvador | 23/08/2017 às 09:18
Thiago Cedraz deve depor em Curitiba
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   A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23/8) a 45ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Abate II. Foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador/BA, Brasília/DF e Cotia/SP.

  Seguindo a mesma linha de atuação criminosa revelada na última fase da investigação, foi identificada a participação de novos interlocutores que atuaram junto à Petrobras para favorecer a contratação de empresa privada e remunerar indevidamente agentes públicos. De acordo com novos elementos colhidos na investigação, dois advogados participaram de reuniões nas quais o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da Petrobras, teria sido planejado. 

   Paralelamente, teriam recebido comissões pela contratação de empresa americana pela empresa petrolífera, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de empresa off-shore. Também se detectou a participação de ex-deputado federal e sua assistente na prática dos crimes e no recebimento de pagamentos indevidos.

  FILHO DO PRESIDENTE DO TCU

   Segundo o Portal Globo.com, o advogado Tiago Cedraz – filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU) – é um dos alvos de busca da 45ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira (23) em Salvador, Brasília e Cotia (SP). Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na atual fase, batizada de Abate II.

   A TV Globo apurou, há uma intimação para que Tiago Cedraz compareça imediatamente à superintendência regional da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento.

   Segundo as investigações, o lobista Jorge Luz, que está preso em Curitiba, disse em depoimento que o advogado Tiago Cedraz intermediou conversas entre a empresa norte-americana Sargeant Marine e a Petrobras e que ele teria recebido US$ 20 mil em propina por isso. Cedraz recebeu os recursos em contas mantidas na Suíça em nome de offshores, ainda de acordo com as investigações.

   O advogado divulgou nota reiterando "sua tranquilidade quanto aos fatos apurados por jamais ter participado de qualquer conduta ilícita". Cedraz afirma ainda que "confia na apuração conduzida pela Força Tarefa da Lava Jato e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários".