Direito

OPERAÇÃO LAVA JATO prende ex-tesoureiro do PP Cláudio Genu

Ex-assessor do Partido Progressista João Cláudio Genu é um dos presos.
Lava Jato investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro.
Globo , BSB | 23/05/2016 às 09:49
Genu foi preso nesta segunda-feira
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A Polícia Federal (PF) está nas ruas para cumprir mandados referentes à 29ª fase da Operação Lava Jato desde a madrugada desta segunda-feira (23) em Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Ao todo, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária.

A ação foi batizada de "Repescagem" e investiga os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa envolvendo verbas desviadas do esquema pelo criminoso descoberto na Petrobras.
A prisão preventiva é contra João Cláudio Genu. Ele foi preso em Brasília. Também estão sendo cumpridos dois mandados de busca na casa e no apartamento dele.

Genu foi assessor do ex-deputado federal do Paraná José Janene, que morreu em 2010, e tesoureiro do Partido Progressista (PP). Ele foi investigado e condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do PT em 2012. Após recurso, em março de 2014, Genu foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro. Ele também tinha sido denunciado por corrupção passiva, mas a pena para o crime prescreveu.

"Foi, juntamente com o deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar cerca de um milhão e cem mil reais de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista, no escândalo criminal conhecido vulgarmente por Mensalão", disse a PF.

RESUMO DA OPERAÇÃO 

Prisão preventiva cumprida- João Cláudio Genu
Prisão temporária cumprida - Lucas Amorim Alves
Mandado em aberto - Humberto do Amaral Carrilho

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.
Na Operação Lava Jato, Genu é suspeito de distribuir dinheiro oriundo do esquema de corrupção que atuou na Petrobras a políticos do PP. Em julho de 2015, a força-tarefa da Operação Lava Jato já havia cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-assessor.