Cultura

A PROMETIDA DE ZORTH 8: JÚLIA SE ATRACA COM ZORTH NO 'INFERNINHO'

E agora, será que Júlia vai conseguir conquistar Zorth e tomá-lo da prometida ancestral
Tasso Franco , da redação em Salvador | 02/03/2021 às 10:35
Júlia, a jovem estudante da UniS
Foto: sERAMOV
   No capítulo 7, o demo fez a cabeça de Júlia para ela comprar uma moto e se aproximar de Zorth. Veja o que aconteceu no capitulo 8 um novo encontro de Júlia com o hpmem-lobo poderoso.

                                                                       8

                                     A COMPRA DA MOTO E O ENCONTRO COM ZORTH NO INFERNINHO

 
    Ao chegar em casa com os folhetos da Osaka, Júlia mostrou aos seus pais os planos que tinha para comprar uma moto e ter mais mobilidade na ida e vinda à faculdade, poder participar de trilhas. Seria, também, um primeiro passo para depois comprar um carro. 

   Seus pais não aprovaram a ideia, sobretudo sua mãe, temendo pela segurança da jovem, de ser atropelada como tantas outras já foram nas ruas da Serra por imprudência dos motoristas.

  - Ah! Minha mãe, o mundo está diferente, as pessoas estão mais educadas, a Serra já tem áreas específicas para bikes e motociclistas usam protetores em luvas, perneiras, blusões especiais e capacetes.

  - O que estamos achando estranho é que você era uma filha toda quieta, sem psi, sem cabelos verdes, sem modismo e de repente está mudando a olhos visto, mais pensativa, mais rebelde, alguma coisa está acontecendo, falou Elanor.

  - Ah! Mãe. Nada. São coisa de uma jovem que vai seguindo o que acontece no mundo. Não vou ficar a vida toca pulando macaquinho e cantando música de roda do Pavão Misterioso. A libertação faz parte do ciclo de vida de uma mulher. Não pretendo ficar o tempo todo trancada nesse armário aqui de casa.

   - Sei, compreendo, mas, vês o que fazer, a busca da chave certa para abrir o armário é cuidadosa, cautelosa - advertiu a mamá.

  Júlia então foi até a escola de pilotagem da Fé e explicou a proprietária do estabelecimento o que desejava, que precisava aprender a pilotar para fazer umas trilhas. A instrutora explicou que tinha curso para tudo, um ótimo professor para esse curso, o Telson, e recomendou como era iniciante adquirir uma Honda CRF 150 e com o tempo, a experiência, aumentar de cilindradas.

  - Eu sou neó. Não conheço nada nesse ramo.

 -  É assim mesmo, com o tempo, você vai gostando, conhecendo e se apaixonando pelas motos.

  Júlia matriculou-se na escola e começou as aulas teóricas com Telson, as aulas de direção defensiva e deu as primeiras voltas numa CRF da Aríate, assim era o nome da escola de Fé com a marca de um carneiro testudo montanhês.

   No primeiro mês de aulas, já se equilibrando bem na moto, fazendo curvas em S nos cones, Telson recomendou que estava na hora dela adquirir sua moto. 

   Júlia socorreu-se com os pais em finanças e adquiriu na Nagoya Motos uma CRF 150 em 24 meses e prometeu ao pai que pagaria assim que começasse a trabalhar.

   Ainda sem carteira de habilitação Júlia levou a moto para sua casa pilotando, barbeirando, tirando finos em veículos, mas, chegou exultando em casa. 

  Dona Elanor quase desmaia quando viu a filha apontar na porta da varanda, onde varria o local, e abrir o portão da garagem para ela estacionar.

   - Me tremi dos pés à cabeça. Vim da Praça até aqui pilotando. Foi um teste de fogo, mas, consegui. Ufa! Estou suada.

  - Sua mãe providenciou um copo com água para ela acalmar-se, voltar a si. 

  - E agora? Perguntou Elanor.

  - Vou concluir meu curso de pilotagem na Aríate, tirar minha carteira no Defran e fazer minha primeira trilha, provavelmente, daqui a dois meses. O Telson tem uma turma que faz várias trilhas e já me disse que a mais fácil é a do Morrinho, depois do Alto da Bandeira e ele acha que poderei participar.

   Júlia escondia da mãe que o real motivo da moto era levar a RTX para a oficina Raio de Luz visando se aproximar de Zorth. Ao primeiro defeito da moto faria isso. Mas, moto nova, como arranjar um defeito para conserto? Ah! Depois, pensaria nisso. 

   Foram mais dois meses de aulas com Telson pilotando sua moto, se familiarizando, deixando-a guardada na Aríate para não ser flagrada pela Policia sem habilitação para pilotar.

   Quando chegou a data do exame ela pediu a Telson para lhe acompanhar até o Defran, pois, estava nervosa. Telson disse que ela precisava ficar calma, tranquila, que passaria numa boa, pois, já dominava a moto, estava apta para isso.

                                                                            *****

   Entre uma coisa e outra aconteceu a festa do “Boi Valente” e ela decidiu que iria, para o bem ou para o mal, pois, além de Zorth e Theo, haveria várias outras duplas de cavaleiros. E, quem sabe, poderia até tirar Zorth da cabeça encontrando um novo jovem que seu coração batesse forte por ele. 

   Chamou Anna para ir com ela. Anna, por sua vez, já tinha chamado Norda e Duza, duas garotas que adoravam vaquejada. 

  - Não tem problema. Vamos todas, disse Júlia.

   O trio chegou ao parque arrasando cada uma mais bela do que a outra. Norda estava com uma botinha preta com fivela dourada em forma de raio portando uma calça tão justa que delineava seu bumbum de molas. Duza ressaltava os seios as maçãs das bolotas à mostra num sutiã meia taça. Anna, mais discreta, tinha o seu segredo nos lábios e pintou-os de roxo. 

   Júlia era a mais simples em look. Ressaltou bem seus olhos, cílios postiços enormes, contornos nas suas esmeraldas verdes naturais, que só ela possuía o poder de hipnotizar os jovens.

   Chamavam a atenção da galera onde passavam. O som no Inferninho era metálico do cover da Guns e as meninas se agitaram. Daí dava para ver a pista onde os cavaleiros derrubam os bois. O locutor ia anunciando uma a uma das duplas.

  Ouviu-se: Atenção porque agora teremos a dupla tentação, a dupla sensação, sucesso total, os cavaleiros Zorth e Theo. O boi saiu da guarita a correr pela pista de areia. 

  Zorth lançou seu cavalo negro para cercar o animal pela direita; Theo o acompanhava num apalooza, o locutor vibrava, narrava a corrida e faltando 20 metros para a linha de chegada Zorth pegou o rabo do garrote e passou para Theo que, o enlaçou no punho, segurou firme, mais dez metros rente a rente, puxou forte e o boi foi ao chão.

   Valeu boi, gritou o locutor. O boi estava estendido no chão levantando-se tropegamente enquanto os cavaleiros voltavam para a baia sob aplausos. 

   Júlia era só alegria. Batia palmas com as mãos ao alto tentando mostrar a Zorth que ali estava, entusiasmada. Zorth a viu, retirou o chapéu de couro da cabeça e a cumprimentou com um gesto de galanteio.

   Anna cutucou Duza com uma ponta de ciúme: - A Júlia ganhou o dia.

   No 'Inferninho', minutos depois, a metálica do Cuyté entoando “Sweet Child O’Mine, do álbum “Apetite for Destruction” do Guns, Zorth já mirava os olhos de JÚlia, de perto, dançando coladinhos e experimentando a força dos seus lábios sugando sua língua. Júlia sentia algo firme roçando acima de suas coxas, que delicia, pensava aquilo dentro de sua intimidade.

    A malvada olheira de Zaram filmava o casal. A loba sanguinária iria saber de tudo.
                                                                          *****
  *** Essa é uma série de ficção qualquer semelhança real com pessoas e locais é mera coincidência.