Cultura

MARADONA E PELÉ SÃO INCOMPARÁVEIS , por ZÉDEJESUSBARRÊTO

ZédeJesusBarrêto é jornalista
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 29/11/2020 às 20:34
Pelé e Maradona durante premiação em 1987
Foto: AP

  
   Trilhas dos deuses
   Gênios não são comparáveis. Beethoven ou Mozart?  Tom e Caymmi, Picasso ou Matisse, Pessoa, Garrincha ...  Não há como.

  Maradona morreu e o brasileiro vibrou, a desancar Pelé. Deuses da bola.  

   Como não há como comparar a fantasia de Diego com a completude de Pelé nos gramados,  focam o campo do comportamento e das fragilidades humanas. Aos tribunais ideológicos ! Pra uns tudo, pra outros nada. 
  O doidão, incensado X o bom moço, execrado. 

  Mas as diferenças começam na nascença, na infância. Maradona, descendente de índio (daí seu porte atarracado), como Mané Garrincha, nasceu e brincou numa periferia pobre de Buenos Aires; um favelado, como costumava dizer. Pelé é menino do interior de Minas, o Dico, de família humilde, católica, conservadora. Os pais, dona Celeste e Seu Dondinho, decentes, educaram filhos com princípios de obediência, respeito aos mais velhos, essas coisas ...  hoje em dia tão desmerecidas.  

  Quando saiu de Bauru para Santos, aos 15 anos e já um gênio da bola, Pelé foi acompanhado, vigiado e orientado, por recomendação dos pais ao grande Waldemar de Brito, que o apadrinhou. Acolhido no Santos, pelo assombro do que fazia, foi protegido por Pepe, Zito...   Era um menino ainda, 17 anos, quando foi sagrado Rei na Copa de 58, na Suécia, encantando o mundo. 

  Diego arrebatava nos babas de rua, chão batido, único brinquedo, driblando cascalho. Time de garotos do bairro e, aos 15 anos, estava no Newell’s Old Boys, seu primeiro time profissional. Impôs-se na marra e pelo talento, divina canhota. 

São caminhos, que nem sempre o artista, a pessoa escolhe. A música nos leva, a bola é paixão.  E cada ser humano tem a sua história.  

 Pelé, Garrincha, Maradona ...   Roberto Rebouças, sim, tantos ! .  
 Louvo e agradeço.
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  Mudando a trilha mas mantendo o tom
   Ecos do Ba 1 x 3 SP :

   - O Bahia, na 23ª rodada, já levou 37 gols, recorde. Alguns de baba, como o primeiro do São Paulo, após cobrança direta de lateral. A zaga não resolveu e Douglas saiu espaventado. Fatal, mudou o jogo.
  - O árbitro Vuaden só marcaria aquele pênalti escandaloso em Ernando, socado e nocauteado pelo goleiro, com atestado de óbito. Nem o VAR prestou. 

  - Enquanto remendavam o nariz quebrado do zagueiro Ernani, aquecia como possível substituto o lateral Nino. Nenhum zagueiro no banco. Ora, o Bahia emprestou Thiago, Jackson, Wanderson, Ignácio e Anderson, todos atuando.  Há algo de errado.  

  - No mais, goleiro inseguro, Elias com um bundão, Rodriguinho sem pernas, covid rondando e voo pra Argentina; chip da Sul-Americana.  Jogo de entrega e cuidados. Guenta?

   Um Leão mais ativo

 -  Foi o que vimos no 2 x 1 em cima do CRB, no Barradão. Uma equipe ofensivamente mais solta, mostrando apoio em campo ao treinador interino Rodrigo (sub-20), ex-lateral e ídolo do clube. O Vitória às vezes dá certo com treinadores novos, pratas da casa. 

  - Está claro que o objetivo do Rubro-negro, cofres vazios, é levar o barco e não cair. Não cai. 
  - Dois destaques na equipe: O goleiro Ronaldo, defesas salvadoras, garantindo, e o apoiador Rend, pela visão de campo, passes, estilo e vontade. Atletas de série A. 
 
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  Terça de noite tem Unión x Bahia (Sulamericana) e Paraná x Vitória (Série B).