Cultura

MORRE O JORNALISTA MARCO ANTONIO MOREIRA, O "SOBRINHO DE ZILÁ"

Li logo cedo em Arakem Gomes a morte de Marco Antonio Moreira
Tasso Franco , da redação em Salvador | 14/12/2019 às 10:33
Marco Antonio Moreira em BSB
Foto: REP
Morre o jornalista Marco Antonio Moreira, Marcão, também conhecido pela velha guarda como "sobrinho de Zilá", figura querida da Bahia e que morava e atuava em Brasília há muitos anos. Sabe aquela personalidade alegre, espirituosa, cantante, era o Marcão.

Leitor do Bahia Já e admirador de Dom Franquito sempre que fazia uma crônica gourmert da Bahia num shopping ele reclama. "Comida de shopping não merece comentário" dizia situando que na Bahia existiam mil botecos comidas da boa mesa. Muitas saudações de colegas na internet. Não integrou minha geração, mas lembro bem dele e de suas aventuras com a música e o nosso velho e querido copo.


ENORME TRISTEZA

Li no Zanoni que o baiano Marco Antonio Moreira resolveu ir embora da sua Itaparica, deixando um rastro de enorme tristeza no coração dos amigos, colegas e parentes.

Trabalhei com o Marcão na sucursal de Brasília da Gazeta Mercantil, no começo do século (em 2000). Grande profissional na redação e, nos fins de semana, um grande cara que abria generosamente a casa para a turma, que comia, bebia e conversava como costumam fazer os bons amigos. Alguns de nós tinhamos chegado há pouco, vários estavam se vendo pela primeira vez mas, na casa do Marcão, éramos todos velhos amigos, companheiros de jornadas memoráveis. Parecíamos estar há décadas no mesmo barco. E talvez estivéssemos mesmo.

Na foto, que fiz na redação no dia 6 de agosto de 2000, a Anamaria Rossi e o Marcão discutiam sei lá o quê. Ele, claro, folgadamente instalado na mesa do Zanoni Antunes, que era o chefe da redação e devia estar viajando. Na época, estavamos todos muito concentrados em fazer a Gazeta Mercatil sair-se bem diante do Valor, concorrente lançado pouco antes. Marcão foi um companheiro e tanto. Sua partida deixa-nos a todos que o conhecemos muito tristes. Vamos sentir muita saudade da cortesia, do bom humor, da competência e da baianidade desse grande amigo.(Cesar Valente)

AMOR PELA HUMANIDADE

Uma lágrima silenciosa em memória de um jornalista por quem tive grande admiração.e cativava. Com seu jeito bem-humorado, apesar dos gestos repetitivos que denunciavam o stress, me iludiu logo quando o conheci, no Jornal da Bahia, acho. Parecia, aos meus olhos, viver no reino do onde, quando, como, o quê e por quê - sua visão prática, coisa que nunca tive, me cativava. Logo, logo, no entanto, esta ilusão se desmoronou. Descobri que era um sonhador, cheio de curiosidade pelo mundo espiritual dos amigos ou simplesmente conhecidos. Exagerado, eu pensava sorrindo, nos anos 80, que Marquinhos era um dos poucos jornalistas com casamentos de mais de 10 anos. Na verdade, ele passou 64 anos casado e com total amor pela humanidade.(Adilson Borges)

QUANTA HISTÓRIA

Ê Marcão. Marco Antonio Moreira. Querido amigo, virou luz. Que sempre teve. Várias vezes estivemos juntos nesta vida. Sempre querido e apaixonado por sua "chuchu" sua querida companheira Lúcia Berbert. Uma vez, regados a whisky, nossa bebida predileta, conversamos sobre música, rock. Ele me disse que gostava muito do Rick wakeman, que foi tecladista de uma banda de rock progressivo que amo. YES. Compartilhei para ele esta apresentação, que acho que foi a última com o Yes. Então, para vc mais uma vez, querido Marcão, pai de preta pretinha, uma pastor alemão filha de Cora Coralina, minha filha canina. Ô meu deus quantas histórias com vc Marcão. (Anette Chaves)