Cultura

TRAPPED - 2ª temporada Netflix, policial à moda Islândia, DIOGO BERNI

Diogo Berni é comentarista de cinema
Diogo Berni , Salvador | 20/07/2019 às 19:23
Policial à moda Islândia no modelo EUA
Foto:

Trapped – Segunda Temporada, Netflix, 2019. Tenho preguiça em viajar, arrumar malas, fazer che-kin etc. Quando vejo que Salvador anda me enchendo , pego um livro ou assisto algo para me teletransportar. No caso desta série fui para a fria Islândia, e não para Helsinki, sua capital, mas sim para seu interior montanhoso e belo. 

Se na primeira temporada tínhamos um misterioso assassino, a segunda temporada não é diferente, ou seja, temos um serial killer a ser desvendado, mas agora com detalhes políticos e geográficos. A série, composta por dez capítulos, que giram em torno de cinquenta minutos cada, ou seja, uma série de nove horas de duração, começa com um homem tacando fogo em si próprio e abraçando a ministra da indústria do seu país, que também era sua irmã gêmea. 

O sujeito morre e a ministra, e irmã, fica gravemente queimada, e ela fica na cama do hospital até o episódio seis. Com o passar dos capítulos saibamos que o sujeito que “taca” fogo em si próprio esconde estranhos segredos de família, estes que são esclarecidos somente no último episódio da trama policialesca, entretanto para quem só via as notícias pela TV, a população daquele longínquo e belo interior islandês, acha que o sujeito se mata a fim de que a poluição da indústria que se instalara naquela cidadela, parasse de poluir o principal rio da região e consequentemente todos que ali pegavam água para beber e viver dela. Já no segundo capítulo temos o primeiro assassinato.

A morte é concatenada a um grupo nacionalista chamado Martelo de Thor, no qual este era contra uma Islândia vendida à muçulmanos do Qatar, donos da industria que se instalara por lá. Religião e político entram em jogo na trama, onde se matava em nome de valores puros vikings e contra a globalização capitalista.

 Assim como na primeira temporada, esta tem como protagonista ainda o delegado de polícia da cidade, mas que agora dividindo o protagonismo com sua filha de quinze anos. Capítulos vão e vêm ( e as vezes parecem que eles se movimentam em círculos, parece só não, giram mesmo em círculo o que torna essa temporada bem pior do que a anterior ) , e assassinatos novos acontecem ao ponto de que duvidamos de todos, até mesmo do protagonista taciturno e gordo policial.

 No final vemos que um sujeitinho que era dono de uma empresa terceirizada que prestava serviços à indústria era o serial killer, e só porque ele tinha descoberto que era filho da política que fora  queimada por seu irmão no primeiro capítulo, filho este oriundo de um estupro do pai da ministra, ou seja, um caso escabroso de família, mas que no final não concatena ao ponto de dizermos : mas que fim porreta ! No máximo o que podemos dizer é: Ufa, que bom que acabou, e terceira temporada: nem pensar.