Cultura

SÃO DESIDÉRIO: Casamento caipira com pai da moça na mira da espingarda

Tradição do casamento na roça mantida em algumas comunidades
Jackeline Bispo , da redação em Salvador | 19/06/2017 às 10:04
"Pai' força o caipira a casar com sua filha 'moça'
Foto: Rodney Martins
Sob os olhares atentos dos espectadores, os atores da Cia Trakinus encenaram com muita irreverência o casamento caipira radical. Misturando um enredo humorado e cheio de adrenalina, o casamento no São João do Sítio é realizado de forma bem diferente. Enquanto alguns atores encenam na prainha, ponto turístico do distrito a alguns metros do centro, outros se arriscam em uma descida de rapel guiado no Paredão Deus Me Livre com cerca de 40 metros de altura.
 
“Estou encantada com essa maneira de encenar o casamento caipira, não tem como desgrudar os olhos, é muita coragem, ficou lindo e engraçado”, comenta a espectadora Samantha Gadelha. A descida dos atores é controlada por um instrutor de segurança. Uma mistura de cultura, esporte e lazer aos espectadores que a todo tempo se surpreendem com a apresentação. “Nossa equipe aderiu a proposta do casamento ao ar livre e aceitou o desafio de descer de rapel para resgatar esta tradição e poder mostrar ao público nosso trabalho que foi preparado com compromisso e carinho”, revela a coordenadora da Cia Trakinus, Daniela Pereira.
 
Além da performance peculiar, o cenário natural do casamento é fascinante. Às margens do rio Grande, a prainha e o paredão, importante ponto turístico do município. “Valeu à pena participar, se envolver e resgatar este momento cultural da festa, ressaltando nossas belezas naturais e mostrando o trabalho dos artistas da terra”, revela o secretário da Secretaria de Esporte, Cultura, Lazer e Turismo (SECULT), organizadora do evento, Josivaldo Oliveira.