De um lado, uma coleção inestimável de peças indígenas das mais variadas etnias brasileiras, juntadas ao longo de vinte e cinco anos pelo ex-funcionário da  Fundação Nacional do Índio – FUNAI: Silvan Barbosa Moreira; do outro, um pintor que apresenta a cultura indígena como algo vivo e dinâmico, propiciando uma identificação positiva através das faces dos povos da floresta: Gildásio Rodriguez – “O Gil dos índios”.  Juntos, colecionador e pintor, comprometem-se com a reconstrução idealizada de formas pretéritas, oferecendo ao público imagens e informações de natureza histórica e cultural, propiciando uma identificação positiva com as coletividades indígenas através da

 exposição Índios na Janela.

 “A exposição aponta um outro caminho com o esforço de pensar os indígenas sob o ponto de partida da cultura, de uma janela que se abriu no passado,  que continua aberta no presente e mantém-se escancarada pela dimensão contemporânea, permitindo um diálogo com muitas outras tradições culturais”, declara o curador e agente cultural, Pawlo Cidade.

A exposição irá percorrer as cidades de Ilhéus – Terra dos Povos Tupinambás – no período de 22 a 28 de fevereiro, na Academia de Letras de Ilhéus; Porto  Seguro – Terra dos Povos Pataxós – de 29/3 a 03/4, no Centro Cultural de Porto Seguro e em Salvador – Terra dos Povos Tapuias – de 19 a 24 de abril, no 1º pavimento do Palacete das Artes. Cerca de 200 peças artesanais entre arcos, colares, lanças e bordunas  de diversas tribos do Brasil como Pataxós, Maxakali e Krenak e 20 quadros de faces indígenas estarão à mostra para os visitantes.

Além da exposição, o colecionador Silvan Barbosa Moreira fará a palestra Minha Vida na Tribo e os índios tupinambás apresentarão o ritual poranci, ao som dos maracás, em cada uma das localidades contempladas com a exposição. A entrada é gratuita e é destinada especialmente à estudantes do ensino fundamental, ensino médio,  pesquisadores, historiadores e professores. O projeto foi contemplado no edital Agitação Cultural - Dinamização em Espaços Culturais da Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura

 da Bahia.